O MOMENTO

59 minutos, golo de Luís Alberto: Depois de uma primeira parte fraquíssima, em que o FC Porto controlou o jogo, mas não conseguiu trazer a intensidade e a eficácia para marcar, o Tondela entrou em campo para tentar fazer uma gracinha. Sem nada a perder, os tondelenses, que precisam de somar o mais possível para continuarem a sonhar com a manutenção, começaram a testar até onde conseguiam chegar em termos atacantes. Aos 59 minutos, num remate fortíssimo de longe, que pareceu indefensável, Luís Alberto fez o golaço que mudou o jogo. A partir daí, os jogadores do Tondela acreditaram e deram tudo. Os do FC Porto, perderam a pouca força que tinham.

A FIGURA

Luís Alberto: Na primeira parte, foi aproveitando para se chegar junto à baliza de Casillas sempre que pôde e também tentar o remate de longe. Na segunda parte, com um pontapé fortíssimo, bateu o guardião portista e pôs a cereja em cima do bolo da comemoração do seu jogo 100 na I Liga. O seu golo mudou o jogo, valeu os três pontos, preciosos para o Tondela conseguir lutar pela manutenção, e foram mais alguns pregos no caixão da época portista.

NEGATIVO

Aboubakar: Falhou quando não podia falhar e já são vezes a mais. Falhou receções, com passes e cruzamentos que lhe colocaram a bola rendondinha nos pés, desperdiçou. Na segunda parte, com o golo do Tondela e a pressão do tempo, fez um verdadeiro tiro ao boneco, conseguindo acertar em todos os defesas, mas nunca na baliza. 

OUTROS DESTAQUES

Corona: Fez-lhe bem a paragem para os jogos internacionais. A confiança que trouxe dos bons jogos pela seleção notou-se em campo. Teve excelentes momentos no jogo, a conseguir furar pela lateral direita, com boas fintas e grandes cruzamentos para a área. Faltou foi sempre alguém para finalizar.

Sérgio Oliveira: Voltou a ser chamado ao onze portista e lutou por segurar o lugar. Andou vagabundo pelo meio campo, aparecendo constantemente para roubar a bola ao adversário e, com alguns excelentes passes, apelar à desmarcação de Aboubakar. Saiu após o golo do Tondela e notou-se a falta da sua garra no jogo.

Maxi: Bem a fechar, bem nas transições ofensivas e a conferir ao jogo a garra que tem faltado a outros jogadores. Começou o jogo com remate à baliza e nunca baixou os braços desde então.

Chidozie: Entre lesões e castigos, a indisponibilidade de centrais foi-lhe garantindo oportunidades e tem crescido na equipa, embora ainda esteja inconstante. Alguns bons momentos, a travar investidas rápidas dos avançados do Tondela, outros um pouco aos papéis perante o aumentar da pressão atacante na segunda parte.

Cláudio Ramos: Depois do golo, quando o FC Porto apertou a pressão, mostrou-se uma verdadeira parede, a segurar tudo e a impedir que os Dragões fizessem o empate.

Lucas Souza: Um guerreiro. Foi o jogador que mais faltas fez no jogo, mas foi-se safando e a maioria delas foram importantes para travar o ataque portista. Com um excelente corte na segunda parte, roubou o pão da boca a Brahimi. Após o golo, tornou-se ainda mais fundamental para segurar a vantagem do Tondela.

Nathan Junior: Sempre a rondar a zona da área portista, teve uma noite menos rematadora, mas ainda fez a bola passar perto dos postes da baliza portista e serviu alguns passes de bandeja aos companheiros.

Dolly Menga: Que entrada! Menos de 20 minutos em campo, mas a raça que trouxe para o jogo foi a epítome da atitude que o Tondela adotou no jogo depois do golo. Esteve a atacar, a defender, e não desistiu de uma bola.

Wagner: Cresceu com a equipa na segunda parte, após o golo, e foi causador de muitos calafrios nas bancadas do Dragão, com alguns remates a passarem perto da baliza de Casillas a ameaçarem o 2-0.