«O problema do BES não é um problema do Benfica. Pode ser um problema do país. Ao longo de dez anos o Benfica deveria ter pago 200 milhões de euros de juros ao BES. E nunca teve incumprimento com ninguém. É um clube cumpridor. Não sei porque estão sempre a falar do BES relativamente ao Benfica», disse o líder encarnado.
«Os benfiquistas têm de estar serenos, não têm de estar preocupados com isso. Ninguém do BES nos contactou. Nunca incumprimos com ninguém. Nem com o BES nem com outros bancos. O Benfica é um bom cliente. É o único clube que não incumpriu nos últimos catorze anos», acrescentou Vieira.
Questionado se era verdade que a SAD precisava de garantir 200 milhões de euros com a venda de jogadores para liquidar os empréstimos obrigacionistas, o presidente do Benfica negou: «Já liquidou esses empréstimos, renovando-os. Ninguém nos chamou do banco. Não há razão nenhuma para esta administração do Novo Banco estar preocupado com o Benfica»
Luís Filipe Vieira foi também confrontado com as declarações do «vice» José Eduardo Moniz, que queixou-se de um perdão de dívida do BES ao Sporting, considero que o mesmo era uma «distorção competitiva inexplicável». O presidente do Benfica começou por dizer que não queria comentar a realidade de outros clubes, mas lá deixou escapar que o Benfica «não pode ir atrás de um precedente que alguém abriu». «Existe é uma situação de desigualdade, mas isso é outra história. O pensamento de José Eduardo Moniz é o pensamento de muitos benfiquistas», afirmou, garantindo que o clube «nunca pediu um perdão da dívida».
Questionado se admitia entregar a SAD a um investidor estrangeiro, Vieira fechou a porta: «
O Benfica são as pessoas, é dos sócios. É um dado que me preocupa. No meu horizonte não vai estar. Com outro presidente pode ser, comigo não. O Benfica será sempre dos benfiquistas. Não estou disponível para esse tipo de conversas.»
E confrontado com as notícias que dão conta do iminente fim do Benfica Stars Fund, Vieira foi evasivo, mas ao mesmo tempo deixando pistas: «Está cotada em bolsa e só depois do comunicado à CMVM é que me posso pronunciar.»
