Marc Bartra já abandonou o hospital, onde foi operado ao pulso direito, anunciou neste sábado o Borussia Dortmund.

O defesa espanhol de 26 anos ficou ferido na sequência do atentado contra o autocarro do clube alemão, na terça-feira. Quatro dias depois, recebeu agora alta hospitalar.

Na sexta-feira Bartra recebeu a visita da mulher e da filha no hospital, e assinalou o momento com uma mensagem tocante.

«Voltei a receber no hospital a visita que mais feliz me faz. Elas são tudo para mim, a razão pela qual luto para superar sempre os obstáculos e este foi o pior da minha vida, uma experiência que não desejo a ninguém do mundo. A dor, o pânico e a incerteza de não saber o que se estava a passar, nem quanto tempo duraria. Foram os 15 minutos mais longos e duros da minha vida», escreveu na rede social Instagram.

Na antevisão ao confronto com o Eintracht Frankfurt, deste domingo, o técnico Thomas Tuchel disse que Marc Bartra deve regressar aos relvados dentro de quatro semanas.

As autoridades continuam a investigar o ataque com três engenhos explosivos, sem descartar qualquer hipótese sobre a sua autoria.

A justiça germânica não conseguiu ainda provar uma ligação entre o atentado e o iraquiano de 26 anos que foi detido, e que alegadamente tem ligações ao autoproclamado Estado Islâmico.

Junto ao autocarro terão sido encontradas três mensagens de carácter jihadista, a reivindicar a autoria do ataque. Nelas, a Alemanha era instada a retirar o apoio à coligação internacional que combate na Síria, bem como a fechar a base de Ramstein.

Só que os especialistas em segurança questionam a autenticidade dos manuscritos acreditando que a linguagem e a forma de comunicação não seguem os padrões habituais do terrorismo islâmico.