A FIGURA: Mateus Silva

Médio brasileiro de 25 anos, contratado neste defeso ao Mirassol. Mateus Silva é a unidade mais defensiva num setor intermediário voltado para o ataque. Procurou o equilíbrio numa luta titânica, com enorme capacidade de entrega, sem deixar de procurar a baliza contrária. Conseguiu dessa forma o seu primeiro golo na Liga portuguesa, de cabeça, após passe de Welthon. Abriu caminho para a vitória do Paços, esteve no lance do 2-0 e ajudou a segurar os três pontos com um desempenho de qualidade superior.

O MOMENTO: Barnes sorri no carrossel

Excelente movimento coletivo do Paços de Ferreira, poucos minutos após o 1-0. O Rio Ave ainda procurava despertar do pesadelo e via a situação piorar drasticamente. A bola foi rodando no carrossel ofensivo do Paços até chegar a Bruno Santos, vinda de Barnes e logo depois de Mateus Silva. Cruzamento rasteiro do lateral, finalização de primeira para Barnes Osei. Vantagem determinante para o desfecho do encontro.

P. Ferreira-Rio Ave, 2-1 (crónica)

OUTROS DESTAQUES:

Wakaso

Foi a unidade mais consistente do Rio Ave em Paços de Ferreira e procurou em repetidas ocasiões empurrar a sua equipa para a frente. Com Tarantini e Rúben Ribeiro voltados para o ataque, Wakaso tinha sobretudo de limpar o setor e tirar curtas folgas para fazer algo mais. O poste negou-lhe o golo na etapa inicial mas nova tentativa ao minuto 81, com um remate portentoso do meio da rua, teve o devido prémio. Golaço!

Ricardo e Miguel Vieira

Belo desempenho da dupla de centrais do Paços, importantíssima no período de ascendente territorial do Rio Ave. Ricardo e Miguel Vieira foram apagando grande parte dos fogos que ameaçavam aquela zona. Apenas Wakaso logrou bater Mário Felgueiras, com um remate de meia distância, sem hipótese de intervenção para a dupla.

Héldon

Foi a única alteração no onze de Nuno Capucho em relação ao triunfo frente ao Sporting (3-1) e justificou a titularidade com o maior número de iniciativas ofensivas na equipa do Rio Ave. Do outro lado, Gil Dias não teve o fulgor da passada jornada e seria Héldon a reclamar protagonismo com inúmeras incursões pela esquerda, geralmente concluídas com cruzamentos mal aproveitados.