A figura: Maurides

No regresso a Arouca, onde jogou na época passada, o avançado brasileiro desde cedo tentou mostrar trabalho. Teve a melhor oportunidade da primeira parte, negada por defesa atenta de Bolat, mas no segundo tempo, no espaço de quatro minutos, pregou duas partidas à sua antiga equipa e sai de Arouca a sambar a conquista dos três pontos para o Belém. Chegado em janeiro a Belém, Maurides estreou-se a titular depois de ter jogado dez minutos na receção ao V. Guimarães e provou que será uma boa opção para marcar os golos que têm faltado ao conjunto de Quim Machado.

O momento: Maurides na reviravolta (57')

Maurides ainda estaria a festejar o golo que marcara quatro minutos antes, de cabeça, quando a bola sobrou para o seu pé esquerdo consumar a reviravolta. Depois disso o Arouca tentou, com mais ou menos critério, mas não conseguiu chegar ao empate.

Outros destaques

Miguel Rosa

O mais inconformado na primeira parte e dos poucos jogadores com alguma lucidez em campo. Testou o remate de longe, mas seria nas assistências que se iria destacar. Aos 53', bateu de forma primorosa um canto da esquerda para a cabeça de Maurides empatar e, pouco depois, foi ao lado contrário marcar novo canto que acabou por sobrar novamente para o camisola 16 fazer a reviravolta no marcador.

André Santos

Muito cedo privado da companhia de Nuno Coelho que lhe dava mais liberdade para participar na primeira fase de construção, o camisola 26 arouquense teve de baixar após a substituição do capitão, mas não deixou de se mostrar, com vistosos passes a explorar as costas da defesa adversária. Na segunda parte, desceu de produção – e no terreno – e o Arouca passou a optar por um futebol mais direto.

Tomané

Segundo golo com a camisola do Arouca e, provavelmente, um dos mais caricatos da sua carreira. Foi o chamado «golo sem querer», mas a valer e a ser muito festejado. Deu muita luta aos centrais do Belenenses, mas não teve muito espaço para brilhar.

Domingos Duarte e Gonçalo Silva

Muito certinha a dupla de centrais belenense. Pouco a fazer no lance do golo, de tão inesperado que foi, e algumas intervenções a tirar Cristiano de trabalhos. Destaque para o corte precioso de Gonçalo Silva, aos 84', quando Tomané surgia para empurrar um cruzamento de Anderson Luís.