Estavam decorridos 23 minutos de jogo, o Benfica já tinha criado oportunidades soberanas, mas ainda não havia golos, quando Maxi Pereira surpreendeu tudo e todos ao levantar a bola por cima dos centrais permitindo a Lima destacar-se e abrir o marcador de cabeça. O fantasma da Mata Real desvanecia-se e o Benfica arrancava para uma exibição de luxo.
Figura: outra vez o senhor Pereira
Além da assistência referida no «momento», Maxi Pereira marcou ele próprio o segundo golo, numa jogada saída do laboratório de Jorge Jesus. Canto curto de Salvio a combinar com Lima e, com a defesa do Boavista à espera de um cruzamento, passe atrasado com direito a passadeira vermelha, para Maxi Pereira desfilar a caminho do segundo golo da tarde. O lateral entrou na área, sem pressão e rematou forte com o pés esquerdo, com a bola a tabelar nas pernas de Idriss e Tengarrinha, deixando Mika completamente desarmado. Uma assistência e um golo a abrir fazem de Maxi a figura deste jogo.
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Ola John
O extremo holandês tem aproveitado as ausências de Gaitán para se mostrar e esta tarde teve mais uma oportunidade bem profícua, apesar de se ter revelado perdulário em situações de finalização. Teve o golo nos pés logo a abrir o jogo, mas tentou fazer bonito e acabou por tirar mal as medidas ao chapéu que pretendeu tirar a Mika. Mas na globalidade, a exibição de Ola Johna acaba por ser bem positiva, combinando bem com Eliseu sobre o corredor esquerdo para chegar com facilidade à linha de fundo. Nota-se que está mais confiante e arriscou muitas vezes, com sucesso, o um.-para-um, provocando muitos desequilíbrios na defesa «axadrezada».
Samaris
É cada vez mais uma referência do meio-campo do Benfica e este sábado terá realizado uma das exibições mais personalizadas desde que chegou ao Benfica. Um jogo muito inteligente a marcar o ritmo de jogo, ora com passes rápidos, de primeira, ora mais lento, a segurar o jogo e a esperar pela melhor oportunidade. Uma gestão quase perfeita que permitiu ao Benfica manter o Boavista aprisionado ao longo de quase todo o jogo.
Júlio César
A única má notícia da noite para o Benfica. Já com o jogo a encaminhar-se para o final, com o resultado em 3-0, o guarda-redes brasileiro foi chamado a intevir pela primeira vez no jogo com uma estirada. Levantou-se rapidamente para tentar evitar um pontapé de canto, mas chegou junto da bandeirola de canto com extremas dificuldades, agarrado à coxa. Logo a seguir, com um esgar de dor, levantou o braço a pedir a substituição. Uma lesão, ao que tudo indica de cariz muscular, que poderá afastar o guarda-redes do dérbi da próxima semana.
Lima
Desta vez não ficou em branco, até marcou um golo de belo efeito, mas desperdiçou pelo menos outras quatro oportunidades flagrantes para voltar a marcar. A verdade é que se mexeu bem, combinou bem com Jonas e esteve sempre em jogo. Com um pouco mais de pontaria, esta podia ter sido definitivamente a noite de Lima.
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