A FIGURA: Mitroglou. Bis precioso antes do sacrifício

Minutos antes do golo, já tinha feito balançar as redes de Bolat, mas viu ser-lhe assinalado um fora de jogo por posição irregular de Jonas na jogada. Aos 25 minutos, o brasileiro devolveu-lhe o que lhe havia tirado antes. Cruzamento perfeito para as costas de Jubal e o grego, de cabeça, fez o 1-0. Dez minutos depois, ampliou a vantagem num remate de pé esquerdo. Foi ele o sacrificado após a expulsão de Ederson nos instantes finais do primeiro tempo. Mas é a ele que se deve a preciosa almofada de dois golos que os encarnados geriram (e até ampliaram) até ao resto do jogo. Arranque de 2017 diabólico para Kostas Mitroglou, que já leva nove golos desde a viragem do ano.

 

O MOMENTO: golo de Carrillo, minuto 49

Foi o xeque-mate no jogo, no epílogo de uma jogada de contra-ataque mortífera. Recorde-se que os encarnados estavam em inferioridade numérica e Lito Vidigal tinha promovido uma alteração para os segundos 45 minutos para tentar encostar a equipa da casa. O golo do extremo peruano foi o golpe fatal para o conjunto arouquense.

 

OUTROS DESTAQUES

Carrillo: sem sombra de dúvidas o melhor jogo do extremo peruano com a camisola do Benfica numa noite em que a sua presença no onze até foi uma surpresa. Começou encostado ao flanco direito, mas foi no lado oposto que provocou os maiores estragos. Meteu a cabeça em água ao estreante Vargas e apareceu bem em também em zonas mais centrais do terreno. Fez o 3-0, ao concluir com um pormenor delicioso uma grande jogada de contra-ataque do Benfica e libertou Eliseu no lance do segundo golo. Nota-se que está muito mais solto de movimentos.

Jonas: classe da cabeça ao pés. Desta vez ficou em branco, mas teve um papel importantíssimo na dinâmica ofensiva dos encarnados. Excelente cruzamento para o golo inaugural de Mitroglou, participou ainda na jogada o 3-0 que matou de vez a crença dos arouquenses logo no arranque da etapa complementar. Muito aplaudido quando saiu para dar entrada a Jiménez.

Zivkovic: quase votado ao esquecimento na primeira metade da temporada, assume-se agora como um elemento cada vez mais importante na equipa de Rui Vitória. Mais perigoso no flanco direito, tirou vários cruzamentos perigoso, denotando um entendimento interessante com… Luisão nas bolas paradas. Apagou-se aos poucos na segunda parte, mas o balanço foi francamente positivo neste que foi o terceiro consecutivo do sérvio como titular.

Nélson Semedo: pulmão enorme para aguentar piscinas constantes e, até, corrigir raros deslizes que cometeu, como quando tirou o pão da boca a Tomané quando o avançado do Arouca se preparava para deixar Luisão nas covas. Fica na retina a forma como fabricou grande percentagem do terceiro golo do Benfica, num raide desde a defesa que só parou juntou à área contrária.

Kuca: claramente numa dimensão diferentes dos restantes jogadores do Arouca. Muito bem numa primeira fase do encontro, a explorar bem as subidas de Nélson Semedo e o espaço existente por vezes entre o lateral e o central das águias. É dele o passe para Mateus no lance que origina a expulsão de Ederson. Na segunda parte voltou a tentar remar contra a maré, mas esteve quase sempre órfão.

Mateus: esteve ligado alguns dos momentos mais importantes dos arouquenses no jogo. Quase marcou aos 39, num remate colocado para defesa de enorme dificuldade de Ederson. Dois minutos depois escapou à defesa dos encarnados e foi derrubado pelo guarda-redes do Benfica, que acabou por ser expulso. Já na segunda parte apareceu em boa posição na zona do segundo poste após cruzamento da esquerda, mas pareceu ter sido desequilibrado por Eliseu.