O Belenenses apresentou nesta sexta-feira o projeto de requalificação do complexo do Estádio do Restelo.

As obras de melhoria da área envolvente ao estádio dos azuis vão arrancar ainda este ano e uma parte significativa deverá estar concluída em 2019, coincidindo com o centenário do clube, num investimento superior a 30 milhões de euros.

«Hoje é o primeiro dia do resto da vida do Belenenses. Na história deste clube haverá o antes de 01 de julho de 2016 e o depois. Com este projeto o Belenenses vai apanhar, definitivamente, o comboio da modernidade», disse o presidente do clube, em conferência de imprensa.

Patrick Morais de Carvalho explicou que o clube passará a dispor do «maior e mais completo complexo desportivo e de lazer de Lisboa», que lhe permitirá «garantir a sustentabilidade financeira para as próximas décadas e reforçar o estatuto desportivo de quarto grande em Portugal».

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, qualificou o projeto de «exemplar», lembrando que o pedido de informação prévia foi aprovado por unanimidade pelo executivo camarário.

«Fiquei conquistado. É a combinação de uma visão excecional para o desenvolvimento desta área, valorizando-a pela aposta na modernidade, aliada a um projeto de sustentabilidade futura do clube», assinalou o autarca.

O projeto contempla a construção de um colégio, um polo universitário, um centro de estágio, dois campos de futebol, um pavilhão polidesportivo (com campos de ténis e de padel), ginásios, piscinas, uma área comercial e uma clínica vocacionada para a medicina desportiva e de alto rendimento.

Morais de Carvalho explicou que o Belenenses terá de recorrer a parcerias para financiar as obras, uma vez que não dispõe do dinheiro necessário, mas advertiu que esses apoios terão sempre como base concursos públicos, que excluem a possibilidade de hipotecar o património do clube.

A proposta do Belenenses obrigará à reformulação da circulação automóvel no topo sul do estádio, abrangendo a Avenida Ilha da Madeira e a Avenida do Restelo, deslocando o posto de abastecimento de combustível existente e valorizando o enquadramento paisagístico da Capela de Santo Cristo, imóvel de interesse público.