A Associação de Repórteres de Imagem de Portugal e o Sindicato dos Meios Audiovisuais repudiaram a agressão a um repórter de imagem da TVI na segunda-feira, após o Moreirense-FC Porto.

Em comunicado, a Associação de Repórteres de Imagem de Portugal expressou «o seu veemente repúdio pela agressão cobarde que o seu associado, Francisco Ferreira, foi vítima quando exercia as suas funções de repórter».

A Associação exige que as forças de segurança estejam disponíveis para proteger os profissionais de comunicação social no exercício da sua atividade, tendo em consideração o risco da criminalidade associada ao futebol.

Apela igualmente à justiça «que tenha mão firme para julgar quem, de forma perversa e absolutamente censurável, atinge a integridade física de um jornalista em exercício de funções, colocando em causa princípios inalienáveis do estado de direito democrático como é o exercício do direito de informar».

Também o Sindicato dos Meios Audiovisuais repudiou, veementemente, as agressões ao jornalista da TVI, bem como a «presumível inação das forças de segurança face a tão vil acontecimento que deverá carecer de uma investigação e punidos os responsáveis».

O Sindicato dos Meios Audiovisuais lembra que o Código Penal confere proteção aos jornalistas, estipulando que as agressões praticadas contra estes profissionais, no exercício da sua atividade, ou por causa delas passam a ser consideradas crime público.

«A lei não pode, nem deve ficar no papel! Continuaremos a exigir condições de proteção das equipas de reportagem que cobrem este tipo de eventos desportivos e ser obrigatória a presença de forças de segurança e da ordem públicas para assegurar a integridade dos profissionais da comunicação social».

O Sindicato considera também que há autores físicos, mas também morais.

«Não fora os gritos do repórter de imagem e todos continuavam a olhar para o céu!», é sublinhado na nota.