Jokanovic foi demitido do comando técnico do Nacional da Madeira esta terça-feira e conforme o Maisfutebol já avançou João de Deus será o sucessor.

Rui Alves falou aos jornalistas e confirmou a chegada do ex-Sporting B, que já deve orientar o treino esta quarta-feira.

«Como não se consegue resolver na terra vamos buscar Deus», brincou. Depois mais a sério explicou: «É um técnico que conhecemos há algum tempo, teve um trabalho recente no Sporting B e é a pessoa indicada para esse abanão na equipa, para que tenha a capacidade de ganhar jogos. Obviamente que se escolhi este treinador reconheço que é a pessoa indicada para conseguir o objetivo.»

O presidente dos alvinegros explicou também o porquê da demissão de Jokanovic, o segundo treinador da temporada: «Do ponto vista da prestação da equipa sentia-se melhorias à fase antecedente, de qualquer forma depois de 11 jogos sem ganhar quase que se cria uma marca psicológica em relação à liderança. Quando temos que debater o que temos de fazer, mais do que a qualidade do trabalho, pesam muito os resultados. O Jokanovic trabalhou imenso, sinto que temos o plantel mais unido e forte, mas a verdade é que não é fácil dissociar o trabalho dos 11 jogos sem ganhar. Pretendemos um abanão psicológico.»

Mais à frente disse que lhe custa tomar este tipo de decisões: «É uma época atípica, fazia parte da nosso ADN a continuidade dos treinadores. Infelizmente esta época acabámos por proceder à segunda substituição. Não podemos despedir o plantel todo, o elo mais fraco é o técnico que lidera o projeto. Sentimos isso com alguma tristeza por ser assim.»

Rui Alves disse que preferiu mudar agora para a «preparação do próximo jogo ocorrer com tempo» e que a partir de agora são tudo finais.

«Temos oito finais em que partimos com atraso de quatro pontos e temos através de resultados recuperar. A partir de agora não há margem de erro. Os próximos jogos são decisivos.»

O Nacional ocupa o último lugar do campeonato e Rui Alves diz que é normal que pensar no cenário da despromoção.

«Penso que qualquer um dos clubes que disputa a manutenção tem que temer, dizer o contrário era fazer de conta que nada está a acontecer. Continuamos quase a depender de nós próprios, vamos conseguir, temos capacidade para conseguir superar os desafios.»