Costinha, treinador do Nacional, em declarações na conferência de imprensa que se seguiu à pesada derrota dos insulares na receção ao Benfica.

«Peço aos meus jogadores - e nas minhas intervenções com os jornalistas falo do futebol que pretendo -, mas para se chegar ao nível que pretendemos, temos de ter um pouco mais de personalidade com bola. É preciso mais abertura para o jogo, uma maior capacidade de sofrimento, uma resposta diferente quando não temos a bola. Hoje, não o conseguimos, fruto da pressão do Benfica e da forma como os jogadores do Benfica gostam de controlar o jogo.»

«Na primeira parte, o Benfica construiu alguns lances que não deram situações perigosas e, nos dois golos que sofremos, são dois momentos em que tínhamos a bola e acabámos por dá-la ao adversário. Isso faz parte da maturidade da minha equipa, do crescimento e da qualidade técnica, que também é importante. Frente a equipas desta qualidade, certamente que vamos aprender mais rapidamente e estou convicto de que não vamos voltar a regalar o Benfica, quando o voltarmos a defrontar, bolas no nosso primeiro terço de construção de forma gratuita.»

[Paragem será benéfica?]

«Não vou dizer que esta paragem é ou não benéfica. É uma paragem que vai servir para nós continuarmos a trabalhar para que os jogadores percebam o que se pretende para a I Liga. Eu continuo a acreditar no potencial deles. São só quatro jornadas. Faltam muitas. Se nós cometemos erros contra uma equipa como o Benfica, em que os jogadores têm uma maturidade muito alta e definem bem os lances. O Benfica foi um justo vencedor porque jogou melhor nos 90 minutos.»