O Nacional visita os Barreiros com cinco pontos de vantagem sobre o Marítimo, mas Manuel Machado rejeita a ideia de que o rival esteja mais pressionado para o dérbi.

«A pressão é igual. O nosso objetivo está um pouco longe, mas é alcançável. O Marítimo joga para assegurar definitivamente a manutenção, e espero que o consiga, tal como o União. O Nacional joga um objetivo diferente nesta altura, e uma vitória permite manter-se na corrida por uma qualificação internacional», disse o técnico em conferência de imprensa.

Machado assumiu também que «jogam-se três pontos mas um pouco mais do que isso». «Dentro de uma rivalidade que espero que seja eterna, desde que seja dentro de margens de sensibilidade adequadas. Sem saírem do que está regulamentado, os jogadores têm de perceber que, para os adeptos, mais do que os três pontos está também em causa a vitória ou derrota neste cruzamento com o rival», defendeu.

Manuel Machado falou da renovação de contrato, por mais uma época, que até surgiu mais cedo do que tem sido habitual. «Normalmente deixamos para o final da época, mas os anos vão-se acumulando e os níveis de confiança também crescem. Há um mês e qualquer coisa a direção fez uma abordagem no sentido da continuidade, e os pressupostos satisfaziam as partes, pelo que a renovação surgiu com naturalidade», explicou o técnico, desmentindo o interesse do Marítimo mas garantindo que «tinha mercado».

Já com seis anos e meio de Nacional, o técnico garantiu que já se sente um pouco madeirense, e é por isso também que deseja a permanência de Marítimo e União. «Mais do que um sentir de proximidade e afeto pelo clube, há também um afeto pela região e por todo tecido desportivo da mesma, e também social. Da minha parte há já uma ligação muito profunda a esta região. Não posso alterar o meu local de nascimento – sou vimaranense e clubisticamente sou vitoriano – mas há outro marco, outra região e outa forma de estar que me diz muito. Não estarei meio por meio, mas há já uma grande proximidade aos madeirenses», afirmou Machado.