A figura: Nakajima

Até ao passe que abriu o caminho para a vitória do Portimonense, a exibição de Nakajima resumia-se a pormenores em pormenores de excelente execução técnica, aos quais faltava, porém, o melhor seguimento. Fintas desconcertantes que esbarravam depois num adversário, aberturas desperdiçadas por companheiros e pouco mais. Ao minuto 69, contudo, isso mudou. Um passe a rasgar que encontrou o remate certeiro de Wellington colocou os algarvios de novo na frente, mas o melhor ainda estava guardado e só apareceu aos 87 minutos. É verdade  que a defesa contrária concedeu-lhe todo o tempo do mundo, mas o toque subtil com que o nipónico fez a bola sobrevoar Caio Secco não está ao alcance de todos. Brilhante.

O momento: Nakajima, pois claro (87')

O segundo golo do Portimonense até pareceu acabar com o jogo, pese embora as tentativas do Feirense para empatar. Mas um jogo onde surja um lance como o que serviu para Nakajima fazer o resultado final, tem de figurar como o melhor. O chapéu de Nakajima a Caio Secco é daqueles para ver e rever e rever, e para guardar.

Positivo: Wellington

Um golo e uma assistencia do homem escolhido por Vítor Oliveira para substituir o castigado Tabata, mostram ter sido acertada a aposta do técnico. Foi um cruzamento do brasileiro que abriu o jogo, quando Fabrício aproveitou o passe certeiro do seu companheiro para inaugurar o marcador. Na segunda parte, seria mesmo o camisola 27 a marcar, após grande assistência de Nakajima. Decisivo.

Outros destaques

Fabrício

Marcou, em Santa Maria da Feira, o seu 12.º golo no campeonato. Foi ele quem abriu o marcador e teve mais dois ou três lances para voltar a marcar. Foi dos jogadores mais em ação durante toda a partida.

Rocha

O central do Feirense marcou o quinto golo da conta pessoal no campeonato e reforçou o seu estatuto de... melhor marcador da equipa. Se até esta partida estava empatado com Etebo – que entretanto deixou o clube – como o golo marcado diante do Portimonense, passa a estar isolado num dado estatístico pouco habitual para defensores. Aos 70 minutos voltou a ameaçar, mas viu o guardião defender um remate que fez em esforço, após canto.

Karamanos

O ponta de lança grego foi a novidade de Nuno Manta, surgindo no lugar habitualmente ocupado por João Silva. Apesar de esforçado, Karamanos não conseguiu dar tanto à equipa como João Silva tem dado. O grego mostrou grandes dificuldades em segurar a bola e não deu a largura que o seu colega de setor costuma dar ao ataque dos fogaceiros.

Crivellaro

Estreia positiva do médio que foi reforço de inverno da equipa de Santa Maria da Feira. Por duas vezes, esteve perto do golo, mas viu o guardião contrário negar-lhe as intenções.