Apesar de toda a polémica que envolve o futuro do Sporting, com muita indefinição em torno da continuidade da atual direção, a SAD leonina trabalha em bom ritmo na preparação da nova época.

Dessa forma, são vários os dossiers que estão em cima da mesa.

O Sporting tem previsto, por exemplo, várias vendas, que permitam um encaixe acima dos 70 milhões de euros.

Entre os jogadores que têm a porta de saída aberta estão Rui Patrício, em primeiro lugar. O guarda-redes estava muito bem encaminhado para o Nápoles, mas nas últimas horas este processo sofreu um retrocesso devido a dúvidas de Carlo Ancelotti, permanecendo por isso o dossier por fechar.

Enquanto isso, o Wolverhampton (que tem um projeto para chegar às provas europeias em dois anos), continua interessado no guarda-redes, embora ainda não tenha falado diretamente com o Sporting: é Jorge Mendes que conduz todo o processo de transferência de Rui Patrício.

A SAD leonina pensa, em qualquer dos casos, encaixar 20 milhões de euros.

Somam-se depois nomes como William (o Sporting pensa conseguir 30 milhões), Doumbia (quatro milhões), João Palhinha (oito milhões) e Petrovic (um milhão), mais os emprestados Jonathan Silva (quatro milhões), Alan Ruiz (sete milhões), Castaignos (um milhão) e Slavchev (um milhão).

A estes pode acrescentar-se também Piccini e Coates.

O italiano não entrava inicialmente na lista de jogadores transferíveis, mas o facto de ter mercado pode precipitar um bom encaixe financeiro. At. Madrid já perguntou ao Sporting por condições de negociação, a Juventus perdeu força nos últimos tempos, mas Roma e Inter Milão continuam atentos, sendo que os responsáveis leoninos pensam poder encaixar quinze milhões com o jogador.

Já Coates é um nome que o Sporting não quer vender a todo o custo, mas está disponível para deixar sair mediante uma proposta entre 12 e 15 milhões: e o central tem de facto interessados.

Ora para compensar estas saídas, o Sporting já assegurou cinco reforços: os regressos dos cedidos Matheus Pereira, Francisco Geraldes e Carlos Mané, os quais vão pelo menos fazer a pré-temporada, aos quais se juntam Marcelo (ex-Rio Ave) e Raphinha (ex-V. Guimarães).

A SAD tem prevista a contratação de pelo menos mais três jogadores: um guarda-redes, um avançado móvel e um extremo ou lateral esquerdo (vai depender da interpretação que o treinador der ao papel de Acuña no plantel). Para além disso, e no caso de Piccini e Coates saírem, será necessário também mais um lateral direito e um central para o plantel.

Estas são as ideias da SAD para já, mas muitas coisas podem mudar: tanto em entradas como em saídas de jogadores. Pode sempre aparecer um clube interessado em algum jogador e o Sporting não afasta à partida a possibilidade de fazer negócio, mediante uma proposta irrecusável.

O Sporting tem, para além disso, a ideia de que Battaglia poderá ser o número 6 substituto de William, ficando Misic (e até Wendel) como retaguarda, mas tudo depende das ideias do treinador.

Portanto, e como é natural, há várias coisas que podem mudar. Certo é que, após o investimento forte do ano passado, a SAD pensa fazer contratações cirúrgicas e financeiramente controladas.

Jorge Jesus com ordem para se apresentar

Ora por falar em treinador, vale a pena dizer que se mantém o braço de ferro entre Jorge Jesus e o Sporting. Nenhuma das partes quer manter a ligação na próxima época – Jesus aceita ficar se Bruno de Carvalho sair -, mas continua sem haver um entendimento que permita a separação.

Jorge Jesus deseja ser indemnizado pelo ano de contrato que ainda tem, o Sporting não quer pagar ao treinador e o braço de ferro vai-se mantendo. Enquanto isso, a SAD leonina informou o treinador, e toda a restante equipa técnica, que têm de se apresentar em Alcochete no dia 21 de junho, para começar os trabalhos da nova temporada.

No entanto parece ser uma questão de tempo até as partes chegarem a um entendimento para a saída. Só depois disso a SAD irá atacar a contratação de um novo treinador, sendo que nesta altura o perfil já está traçado: Bruno de Carvalho quer um técnico que seja o oposto de Jorge Jesus, ou seja, um treinador forte no relacionamento humano, que seja capaz de unir e acalmar o grupo.

Estrutura para atacar mercado reforçada em breve

Refira-se que todos estes dossiers estão a ser geridos por Bruno de Carvalho e pelo administrador Guilherme Pinheiro, eles que assumiram em exclusivo a gestão de ativos do plantel principal, na ausência de André Geraldes, que antes dividia essa função com o presidente.

Augusto Inácio, no papel de diretor geral do futebol, tem uma função mais institucional, cabendo-lhe fazer a comunicação entre a direção e o plantel, estando perto de jogadores e equipa técnica.

Ora por isso os temas de mercado estão entregues a Bruno de Carvalho e Guilherme Pinheiro, havendo a expetativa que André Geraldes possa voltar a juntar-se a eles: o próprio presidente já referiu duas vezes que tem a expectativa que o team manager regresse ao trabalho em breve.