O Benfica vai lançar mais um empréstimo obrigacionista: trata-se do terceiro empréstimo obrigacionista simultâneo, sendo que nesta altura estão em vigor também os empréstimos 2015-2018 e 2016-2019.

Este terceiro empréstimo obrigacionista, que é o sétimo da história do Benfica, vai começar em 2017 e termina em 2020.

Vai permitir um financiamento de 50 milhões de euros, a subscrição começará na próxima quarta-feira, dia 5 de abril, e terminará a 20 de abril.

O Benfica compromete-se a pagar, de resto, uma taxa de juro anual bruta de 4 por cento.

Segundo Domingos Soares Oliveira, o referido financiamento vai ser praticamente em toda a sua totalidade para pagar empréstimos que existem à banca.

«Essencialmente vai permitir-nos reembolsar linhas de crédito que temos com a banca portuguesa. O objetivo passa por diminuir a exposição do Benfica à banca portuguesa», referiu o administrador financeiro da SAD encarnada.

«Nesta altura é mais vantajoso para o Benfica ter empréstimos obrigacionistas, em virtude da turbulência que atravessa a banca, e a banca portuguesa em particular, o que leva a que o processo de decisão dos principais decisores seja mais lento. Através de um obrigacionista não estaremos dependentes de terceiros para fazer a nossa gestão diária.»

O objetivo do Benfica, refira-se, é no próximo relatórios e contas semestral ter uma dívida bancária de apenas 150 milhões de euros, baixando dos atuais 247,8 milhões de euros.

Em compensação, a exposição da SAD encarnada a empréstimos obrigacionistas aumenta para 142,8 milhões de euros, mas permite à sociedade ficar menos dependente dos bancos.

A manutenção de três empréstimos obrigacionistas em simultâneo, cada um válido por três anos, vai obrigar o Benfica a proceder à liquidação de um deles todos os anos, mas Domingos Soares Oliveira considera que esse não é um problema. Até porque existe a intenção de renovar estes empréstimos após o seu prazo de maturidade.

Refira-se que esta nova emissão de obrigações tem, à semelhança dos anteriores, o Haitong e o Montepio como intermediários financeiros, paga juros semestrais e vai estar disponível para o público em geral em treze instituições bancárias.

«Esperamos uma forte adesão dado que existem poucos mecanismos financeiros para investidores com uma rentabilidade tão atrativa», acrescentou Domingos Soares Oliveira.

Refira-se, por fim, que o Benfica já chegou a pagar taxas de juro superiores a 7 por cento, no empréstimo obrigacionista 2012-15, mas entretanto sentiu que a garantia das obrigações que coloca no mercado não exigem uma taxa tão alta, pelo que os três empréstimos que vai ter ativos em simultâneo têm taxas de entre 4 e 4,75 por cento.