«Não há muita coisa a dizer. Temos de fazer uma grande prestação. Temos de jogar como jogámos contra o Sporting de Braga, mas desta vez marcando golos. Só assim poderemos fazer uma grande partida. Não devemos pensar em mais nada, só em fazermos uma grande partida. Se a manutenção ainda é possível? Por que não? Claro que é possível. Calendário complicado? Sim, mas também o Belenenses o tem. Todas as partidas são difíceis. No futebol, não sei o que são partidas fáceis. É difícil para nós e para eles. Mas, para eles, foi muito importante a vitória sobre o Gil Vicente. Temos de obter o máximo número de pontos possível e no fim faremos as contas. Teremos de jogar sempre com a ideia de ganhar todos os jogos. Não há outra alternativa. E será assim contra o Benfica, o FC Porto e o Vitória de Setúbal», afirmou.
Giuseppe Galderisi não vai contar com alguns jogadores em Vila do Conde, mas isso não o preocupa. «Esta equipa tem demonstrado desde que estou aqui que, quando é preciso um jogador, porque outros estão fora, qualquer um corresponde. Estou convicto de que quem entrar em campo deve fazer uma grande partida. Só temos de ser mais ativos na finalização. Faltam três pontos que deveríamos ter conquistado em casa, pelas exibições que fizemos, e queremos conquistá-los o mais rápido possível. Quem viu o jogo que fizemos contra o Sp. Braga percebeu que a equipa está viva, e só nos tem faltado o golo. Quem sabe se não vamos fazê-los no próximo jogo», acredita.
Esta semana ficou marcada pela possibilidade de Galderisi ser destituído do cargo de treinador do Olhanense, mas o treinador italiano não sentiu desconfiança no balneário, a propósito das notícias: «Eu sinto que a equipa está unida. Só temos um problema: fizemos menos pontos do que aqueles que merecíamos ter. Esse é o problema. Depois do jogo com o Sp. Braga voltámos a trabalhar muito e unidos, para preparar o jogo com o Rio Ave. Eu acredito muito neles porque a equipa tem estima por mim e pela equipa técnica. Tenho 35 anos de futebol», disse.
Galderisi não confirmou se foi abordado para sair. «Não é a mim que devem fazer essa pergunta. Eu faço o meu trabalho, preparo a equipa e os jogos. Por tudo o que temos feito, faltam-nos três ou quatro pontos, que merecíamos ter. Se a equipa não estivesse com o treinador, não teria feito as exibições que tem feito: com o Sporting de Braga, com o Nacional, na segunda parte contra a Académica, com o Marítimo, com o Gil Vicente, com o Sporting. Vi sempre uma equipa forte mas a quem falta o golo. A mim ninguém me ensina o que é o futebol: podes trabalhar bem e não ter resultados e podes trabalhar mal e ter resultados. O que conta são os resultados. Mas também conta a paixão, o coração, o amor que tu colocas neste símbolo [apontando para o símbolo do clube na camisola]. Que, para mim, não é português ou italiano, isto é a minha equipa», concluiu.
