O Arouca venceu pela primeira vez no seu historial o Paços de Ferreira, e ultrapassou os pacenses na tabela classificativa. Numa partida em que estiveram em confronto duas equipas a necessitar de pontos, valeu ao conjunto de Lito Vidigal um golo de Jorginho, logo a abrir o jogo.

O P. Ferreira voltou a não convencer os seus adeptos, somando o quarto jogo sem vencer e os jogadores escutaram a insatisfação dos cerca de 60 adeptos que viajaram até Arouca.

Jorginho foi rápido a apresentar-se ao mundo

A precisar urgentemente de pontos para deixar a cauda da tabela, o Arouca entrou no jogo cheio de vontade de mostrar querer acabar com a “maldição” dos jogos contra o P. Ferreira, equipa que nunca vencera em nove jogos.

E após cinco minutos em que foram os pacenses a ter mais iniciativa, o conjunto de Lito Vidigal mostrou duas facetas que fizeram parte do seu ADN no ano passado e que esta época ainda não tinham aparecido: frieza e eficácia.

Assim, após um lance de contra-ataque conduzido por Mateus na direita, Jorginho surgiu solto ao segundo poste a coroar a sua estreia a titular com um golo que prometia trazer alguma tranquilidade aos arouquenses.

Com o conforto da vantagem – e moral em alta de Jorginho, diga-se – o Arouca arrancou para os 45 minutos mais convincentes da época, em jogos do campeonato, mostrando-se uma equipa com personalidade e capaz de controlar todos os momentos da partida.

E nesta fase brilhou mais forte o jovem luso-guineense formado nos ingleses do Manchester City e que chegou a Arouca em janeiro passado. Veloz sobre a direita, Jorginho arrancou as melhores jogadas da equipa da casa e fez as delícias das bancadas com a garra com que disputou cada lance, mesmo na hora de defender.

Mudanças de Pinto mexem com o jogo

Em desvantagem ao intervalo, e com os adeptos a mostrarem insatisfação com a exibição da equipa, Carlos Pinto fez uma alteração ao intervalo, colocando Minhoca mais perto de Welthon para tentar criar algumas dificuldades ao opositor, algo que se mostrou incapaz de conseguir em toda a primeira parte.

A viverem um momento delicado após a eliminação da Taça de Portugal aos pés do Vilafranquense, que resultou no terceiro jogo consecutivo sem vencer, os castores precisavam de mostrar muito mais para chegarem com perigo à baliza de Bracali e lutarem por um resultado positivo.

E apesar de a aposta ter resultado em parte, com o P. Ferreira a ter mais bola, as oportunidades de golo continuaram a escassear, mesmo após as entradas de Ricardo Valente e Ivo Rodrigues.

O antigo jogador do Arouca foi mesmo quem esteve mais perto de conseguir o empate, aos 73 minutos, tendo valido um corte providencial de Nuno Coelho.

Ainda faltava muito tempo para o final da partida, mas, com as apostas pacenses todas feitas, aquele lance representou a derradeira ocasião do Paços de Ferreira que, com esta derrota, é ultrapassado pelo Arouca na classificação.

Com razões para, finalmente, sorrir, o Arouca confirmou o mau momento dos castores. Não se adivinham tempos fáceis para Carlos Pinto.