Estoril e Paços de Ferreira entraram para este jogo em igualdade pontual no campeonato e isso, por incrível que pareça, parece ter condicionado a estratégia de ambas as equipas para este encontro.

Canarinhos e castores, os dois amarelos do campeonato devem ter-se baralhado em campo. Pronto, não é bem assim porque o Paços jogou com o alternativo laranja e preto, mas o desenrolar do jogo deixou antever isso, apesar de o início ter prometido bastante.

Logo aos 4 minutos, o goleador do Estoril Léo Bonatini falhou de forma incrível o primeiro golo do Estoril. O «Bebetinho» Mattheus Oliveira cruzou com veneno para o interior da área, Mendy desviou e o avançado brasileiro, ao segundo poste, conseguiu falhar o desvio em cima da linha.

Depois disso, até já balizas. Beijinhos e até à próxima, uma próxima visita que tardou em chegar. A saudade já devia bater e de que maneira quando finalmente o Estoril voltou a ameaçar os postes. De novo Bonatini, o pinga-amor da Amoreira, não quis prolongar o sofrimento de Defendi e obrigou o guardião pacense a acordar com um remate aos 33 minutos.

Se fez bem as contas, já deve ter percebido que foi apenas o segundo remate da partida. O engraçado aconteceu depois. Depois de demasiado respeito, Estoril e Paços perderam-no e começaram a arriscar mais.

FILME DO JOGO

Aos 35 minutos, no quarto remate, os estorilistas inauguraram o marcador, por intermédio do capitão Diogo Amado. O livre foi de Mattheus, um perigo nas bolas paradas, a bola vai em força, bate na relva antes de chegar a Defendi, obrigado o guardião pacense a defender de improviso para a frente, onde apareceu Amado a desviar.

Os minutos que faltavam até ao descanso foram de domínio para a equipa da casa. Por tudo o foi capaz de criar na primeira parte, ainda que pouco, aceitava-se a vantagem canarinha ao intervalo.

O segundo tempo recomeçou sem mexidas nos dois lados, e o Estoril voltou a entrar melhor, com Bonatini a ser o elemento mais desestabilizador no ataque aos pacenses. Dos pés do avançado surgiram dois lances que poderiam ter resultado no segundo golo do Estoril, aos 52 e 55 minutos.

O Paços, contrariamente ao que aconteceu no primeiro tempo, deu uma resposta bem melhor no segundo. Minhoca, aos 54, fez o primeiro remate dos castores em todo o encontro, o que demonstra bem a péssima primeira parte dos nortenhos. Depois foi o recém-entrado Cícero a cabecear sem problemas para as mãos de Kieszek, aos 60.

Cícero voltou a insistir já à entrada do último quarto de hora, mas a bola apenas piscou o olho ao poste da baliza de Kieszek. Foi uma altura de maior ascendente do Paços.

Diogo saiu Amado pelos adeptos após expulsão

CAPITÃO ESTORILISTA FOI A FIGURA DO JOGO

A dez minutos dos noventa, Diogo Amado foi admoestado com o segundo amarelo e axabou expulso por Bruno Paixão. O autor do golo saiu depois de muitos protestos dos estorilistas e debaixo de um forte aplauso dos pouco mais de quatro mil espectadores que assistiram à partida nas bancadas. Um final sôfrego era aquilo que se esperava, mas Fabiano Soares fez entrar Afonso Taira para reforçar o miolo do terreno e isso surtiu efeitos imediatos, impedido o Paços de Ferreira de esticar o seu jogo, aproveitando a vantagem numérica.

Até ao final, os ânimos ficaram muito exaltados. Os jogadores recorreram mais ao coração do que à cabeça e isso resultou numa menor qualidade de jogo.

Mesmo em cima do minuto noventa, o estreante Edú Pinheiro foi expulso também por acumulação de amarelos, deixando tudo igual de novo para os instantes finais.

Vitória justa do Estoril, que assim conseguiu ultrapassar os pacenses na classificação, somando agora 39 pontos. A luta pela Europa ainda é possível para os canarinhos.

Os pacenses prolongam o mau momento no campeonato e a «malapata» na Amoreira.