Figura: Sebá
O extremo que chegou a Portugal pela porta do FC Porto é o principal agitador do futebol estorilista, assinando rasgos dignos de craque. Começou a partida em alta rotação, quando teve duas oportunidades para marcar, mas não foi feliz em frente à baliza. Na segunda metade assumiu o papel de assistente e ofereceu golos cantados a Kléber, Tozé e Bonatini. Os companheiros não estiveram ao seu nível e desperdiçaram lances totalmente construídos pelo camisola 19. Mais uma grande exibição para a coleção.
 
CRÓNICA ESTORIL-P.FERREIRA
 
Positivo: pressa em fazer bem
Entrada forte e determinada do Estoril a aproveitar o fator casa e o histórico de confrontos favorável com o Paços de Ferreira em jogo disputados na Amoreira. Durou, sensivelmente, um quarto de hora e, tudo espremido, dá um punhado de ocasiões de perigo junto às redes de António Filipe. Os dois momentos de maior exaltação aconteceram, precisamente, na reta final desse período de fulgor, com Sebá duas vezes na cara do guardião do Paços. Faltou melhor definição.

 
FILME DO JOGO ESTORIL-P.FERREIRA
 
Negativo: lapsos de memória
A primeira equipa em dificuldades foi o Paços de Ferreira, embora essa situação seja aceitável, uma vez que entrou em campo na condição de visitante e isso tem sempre o peso. A formação orientada por Paulo Fonseca aprendeu com os erros e cresceu no encontro, promovendo vários períodos de apagamento na equipa da casa. Basta consultar o filme do jogo para perceber que após os 15 minutos, o Estoril apenas criou um lance digno de perigo até ao intervalo. Mérito do Paços, claro, mas também há demérito da equipa da casa.
 
 
OUTROS DESTAQUES:
 
Diogo Amado
Os adeptos tendem, com alguma naturalidade, a preferir jogadores com perfil de artistas, abençoados com dom do drible. Diogo Amado não encaixa, de todo, nessa imagem, mas, à sua maneira, enche o campo. Ocupa bem os espaços, recupera bolas e, ainda, dá o melhor seguimento às jogadas que lhe passam pelos pés. Tem sido dos poucos que mantém o nível nesta fase difícil do Estoril.
 
Tozé
Bom jogo do médio ex-FC Porto. Em boa hora abandonou a faixa para se fixar o miolo, na medida em que saíram dos seus pés boas iniciativas de ataque da equipa da casa. Teve o condão de saber esticar o jogo e, anda, colocou Sebá na cara do golo durante a primeira parte. Sofreu e assumiu a conversão da grande penalidade, mas o remate saiu por cima. Uma grande nódoa corrigida pouco depois com o golo que valeu os três pontos.

 
Seri
É o ponto de equilíbrio da equipa de Paulo Fonseca que joga, apenas, com dois homens no miolo do terreno. Funciona na perfeição com Sérgio Oliveira, assumindo, na plenitude, o papel de guarda-costas dos homens mais adiantados. Raramente perde a noção do espaço e, por isso, tem vários emblemas interessados na sua contratação. Segura a equipa em períodos de maior adversidade. Bom jogo.
 
Sérgio Oliveira
Está, claramente a subir de forma após a ausência devido a lesão. É o jogador do Paços de Ferreira que confere perfume à estratégia delineada por Paulo Fonseca, assumindo a saída de bola com clarividência e qualidade técnica. Apareceu várias vezes em zona de finalização, mas não foi feliz na altura do remate.