Jorge Simão, treinador do Paços de Ferreira, garante que a receção ao Benfica, jogo da 23ª jornada da Liga marcado para o próximo sábado, «não vai ser um passeio» para a equipa de Rui Vitória. Apesar das muitas ausências que condicionam os castores, o treinador promete «dar boa luta» ao campeão em título.

Na antevisão ao encontro, Jorge Simão começou por dizer que, «se tivesse que enumerar todas as baixas, esta conferência seria a mais longa», tendo em conta «o número bastante substancial» de ausências, entre indisponíveis, lesionados e castigos.

«É um cenário problemático, mas a mim compete-me encontrar soluções no tempo disponível e, no fim de contas, vamos entrar com onze», disse o técnico pacense, sem deixar de reconhecer que, «se pudesse, preferia adiar o jogo».

Fábio Cardoso, Carlos Ponck e Pelé estão cedidos pelo Benfica e, à luz dos regulamentos, não podem defrontar a equipa com quem têm contrato. Ricardo cumpre um jogo de suspensão, por acumulação de cartões amarelos, e a estes é preciso ainda juntar os lesionados Miguel Vieira, Romeu, Minhoca, Paulo Henrique, Christian e Mário Felgueiras.

O centro da defesa e do meio-campo são os setores mais limitados, mas Jorge Simão confirmou apenas que o central «Marco Baixinho vai ser titular» e que «vai haver uma adaptação», reiterando que «todos os jogadores estão preparados». «Voltei a consultar as casas de apostas e foi giro verificar que o Benfica tem 93 por cento de favoritismo. Em condições normais, o Benfica era favorito, assim ainda mais. Agora, podemos não ganhar, mas acho que podemos dar uma boa luta», acrescentou.

Jorge Simão teve que chamar dois juniores para receber Benfica

Apesar das dificuldades na construção do onze, agravadas por ter de «fazer demasiadas mudanças», Simão destacou a importância daqueles que têm sido menos utilizados. Deu como exemplo o encontro diante do Rio Ave, na última jornada (1-1), assegurando que «o jogo em Vila do Conde afetou mais o [seu] sono». «Uma equipa não são 11 ou 18, mas todos os elementos e quanto mais fortes estiverem os que não estão a jogar, mais forte estará a equipa. O exemplo disso foi o que fizemos em Vila do Conde, com o Rodrigo António e o Ponck, que foram importantes apesar de jogarem menos. Fizemos um dos melhores jogos, com dezoito remates», recordou.

Jorge Simão evitou enumerar os pontos fortes do Benfica, alegando que são evidentes e comentados por todos, repetindo antes que o jogo de sábado «é uma montra muito grande para todos» e que «não vai ser um passeio para o Benfica» e «nem o colega [Rui Vitória] do outro lado pensará assim».