O Marítimo ascendeu este domingo ao 6º lugar da I Liga, embora à condição – com mais dois pontos que o Rio Ave, que joga mais logo em Belém – após vencer o Paços de Ferreira por 3-1, em jogo da 17.ª jornada da Liga.

Perante mais de oito mil espectadores, a equipa insular revelou uma excelente eficácia na finalização, sobretudo no início da partida, e acabou por justificar a vitória. Do outro lado esteve um Paços de Ferreira aguerrido, e que nunca desistiu apesar de ter se ter encontrando em desvantagem (2-0) aos oito minutos de jogo.

A equipa de Daniel Ramos teve uma entrada de sonho, marcando dois golos em pouco mais de três minutos. No primeiro da equipa da casa, a defesa pacense ficou muito mal na fotografia. Patrick efectuou um lançamento longo e Dyego Sousa, no meio de três defesas, saltou sozinho para desviar colocado para a baliza de Defendi e inaugurar o marcador aos 5’.

O segundo não tardou muito tempo. Na segunda incursão do Marítimo no último reduto dos castores, Marco Baixinho interceptou um cruzamento de António Xavier, desde a esquerda, e quase fez autogolo. Ghazaryan bateu o canto e encontrou Raúl Silva, que mais uma vez sem grande marcação no coração da área atirou a contar, de nada valendo a estirada de Defendi.

Vasco Seabra nem queria acreditar no que estava a ver e pediu calma aos seus jogadores. O apelo surtiu efeito, já que a equipa começou a reagir com transições ofensivas bem pensadas, embora contando com algum recuo no terreno por parte do Marítimo, que deixou de pressionar a primeira bola no seu meio campo ofensivo.

Welthon começou então a destacar-se na frente de ataque pacense. Depois de dois remates que obrigaram o estreante guardião Charles a mostrar serviço, o avançado brasileiro conseguiu reduzir aos 24’, através da cobrança superior de um livre conquistado na meia lua na sequência de falta cometida por Xavier.

Dois minutos volvidos, ainda com o Marítimo a acusar algum nervosismo pelo golo sofrido, o mesmo Welthon quase bisou na partida após uma incursão na área insular. Valeu a defesa de recurso de Charles, que saiu da baliza para defender com a perna.

Seguiram-se algumas faltas e picardias de parte a parte, e que valeram um cartão amarelo para Pedrinho e António Xavier. Mas quando o jogo voltou ao normal, o domínio manteve-se repartido e com poucos lances de perigo em ambas as balizas. Até ao intervalo, voltou a destacar-se Dyego Sousa, que após bela arrancada, ultrapassou Baixinho e rematou à entrada da área, fazendo o esférico a passar muito perto do poste direito de Defendi.

O descanso chegou com o Marítimo em vantagem e a controlar o jogo, embora com o Paços sempre à espreita e com uma prestação muito interessante. A segunda parte prometia e foi o que veio a suceder. O reatamento trouxe um jogo dividido e aberto, pois os insulares não queriam descansar em cima de uma vantagem mínima, e os nortenhos sentiam que o empate era possível.

O jogo estava animado e ameaçava apresentar novidades no marcador. Coube a Welthon protagonizar, aos 67’, o primeiro lance de perigo da etapa complementar, mas o avançado pacense desperdiçou o empate, num lance marcado por alguma confusão. Nove minutos depois Dyego Sousa não perdoou, através da marcação de uma grande penalidade que arrancou a Baixinho.   

O jogo ficou resolvido para o Marítimo, apesar de Vasco Seabra ter decidido mexer na equipa pela primeira vez, com uma dupla substituição. Depois foi a vez de Daniel Ramos fazer o mesmo, mas às prestações, criando paragens no jogo que beneficiaram a gestão do resultado.

Até ao final, o Paços não conseguiu criar nova oportunidade, ao contrário do Marítimo, que esteve perto de fazer o quarto, por intermédio de Brito, que apareceu sozinho da cara de Defendi, valeu uma grande mancha do guardião pacense.