Penúltima jornada, mas com objetivos em jogo ainda para ambas as equipas. A Académica procurava o descanso da permanência na matemática da tabela. Já o Paços, a ocupar o último dos lugares europeus, procurava segurar o bilhete.
 
Mas, apesar do forte interesse de ambas as equipas em segurarem os três pontos, o jogo teve uma primeira parte muito morna, talvez até por causa do calor que se fazia sentir na Mata Real.
 
O Paços fez o que lhe competia como dono da casa, assumiu o jogo. Com maior posse de bola, teve também maior pressão junto da baliza adversária, mas sem conseguir causar grande perigo para Cristiano. O contra-ataque da Académica também não incomodou muito António Filipe.
 
O relógio ia avançando e o jogo ia-se partindo e tornando cada vez menos interessante para as cerca de quatro mil pessoas que estavam na Mata Real. E quando já se pensava no intervalo, Diogo Jota, o miúdo de 18 anos do plantel pacense, marcou o golo que fez valer o preço do bilhete. Aproveitou uma sobra junto à área da Académica e atirou uma bomba que só parou dentro da baliza dos Estudantes, Cristiano só mexeu os olhos, e mais não poderia ter feito.
 
Na segunda parte, com o termómetro mais amigo dos jogadores, o espetáculo já foi digno desse nome. A Académica voltou do intervalo disposta a chegar ao golo e o Paços vestiu o fato europeu para continuar a mandar no jogo, e aumentar a vantagem.
 
Aos 53 minutos, na conversão de um livre fora da área, Aderlan remata fortíssimo e muito colocado, fazendo a bola passar pelos poucos centímetros livres entre António Filipe e o poste esquerdo da baliza.
 
O empate estava feito, o Paços queria a vitória e continuou a carregar. Mas a Académica voltou a responder de bola parada. Canto batido da direita e João Real a saltar na área e a cabecear para o golo da reviravolta.
 
O golo dos estudantes atiçou ainda mais os castores. Paulo Fonseca fez entrar Edson Farias, tantas vezes arma secreta, e voltou a funcionar. Três minutos depois do 2-1 da Académica, um minuto depois de entrar, Edson Farias levou a bola junto à linha de fundo e rematou cruzado para o fundo da baliza. Estava reposta a igualdade, mas os pacenses continuaram com o pé np acelerador.
 
E aos 77 minutos, Diogo Jota, o miúdo que dá nas vistas na Mata Real, saltou com João Real para receber um cruzamento e Jaílson, e levou a melhor, cabeceando para o 3-2.
 
O jogo continuou animado até ao final. O Paços procurava o golo da tranquilidade, a Académica procurava o empate de contra-ataque e bola parada. O marcador não voltou a mexer, mas o resultado serviu aos dois. O Paços segue em frente na luta pela Europa, já a Académica, que viu o Gil Vicente perder, garantiu a manutenção.