A FIGURA: Raphael Rossi

Está ligado ao momento mais importante do jogo para o Boavista, com uma estonteante cabeçada a completar a reviravolta, a um quarto de hora do final. Aponta o terceiro golo na liga, o segundo a dar, de forma direita, três pontos aos axadrezados. Já o tinha feito na vitória ante o Desp. Aves, na quarta jornada (1-0). Além do golo, atuação regular na defesa, acentuada com maior evidência no segundo tempo.

O MOMENTO: cabeça para a reviravolta (75’)

O Boavista empatara pouco após a hora de jogo e foi sublime na eficácia na reta final. Ferido no primeiro pontapé de canto contra, aplicou a mesma dose no derradeiro lance idêntico de que dispôs. David Simão bateu para a área e encontrou a cabeça firme de Raphael Rossi a bater Felgueiras para dar os três pontos aos axadrezados.

CRÓNICA: cabeça de Raphael Rossi na reviravolta do xadrez

OUTROS DESTAQUES

Mateus: tal como contra o Sporting, entrou e marcou, precisando desta feita de um minuto apenas para fazer o gosto ao pé. A aposta de Jorge Simão foi acertada e valeu o que seria, por fim, a vitória da sua equipa.

Carraça: tem sido quase sempre uma aposta agradável de Simão no lado direito da defesa, desde as lesões de Edu Machado e Tiago Mesquita. Primeira parte assinalável, muito ativo no ataque e com raça a defender. Peca por falhar no ataque à bola no lance do 1-0, ao deixar-se antecipar por Bruno Moreira. Ainda assim, foi dos que mais fez na busca de inverter o resultado nessa condição. Bem sucedido nessa missão.

Bruno Moreira: bom registo no regresso à titularidade na Liga, algo que só tinha acontecido na primeira e na terceira jornadas. No ataque, é pleno de consciência no posicionamento sem bola, a saber o que fazer com ela. E forte no jogo aéreo. Decisivo toque de cabeça para Mabil inaugurar o marcador. No único lance em que se pedia mais, foi incapaz de suster o salto de Rossi para o golo decisivo.

Mabil: é franzino, às vezes bem discreto, mas quando a bola cai nos corredores… o extremo não é de modas. Capricha, do drible às constantes diagonais. E tem apetite de golo. Desatou o nulo bem cedo e dispôs de uma das melhores ocasiões (28m) para dobrar a vantagem. Num segundo tempo em que a vantagem pacense esfumou, foi quem mais manteve vivo o Paços no ataque.

Vagner: decisivo e precioso a agarrar a vantagem do Boavista no fim, com uma grande defesa a remate de André Leal. Deu segurança numa altura crucial para segurar os três pontos.

Pedrinho: elemento mais no meio campo do Paços, a materializar a chegada dos pacenses com rapidez e afinco ao ataque.