Figura: Mabil

Uma exibição de encher o olho no segundo jogo a titular na Liga. Rápido e com boa capacidade técnica, o jovem emprestado pelo Midtjylland criou as melhores oportunidades do Paços de Ferreira na partida. Soberbo o pormenor a tirar Pedro Monteiro do caminho, antes de cruzar para o primeiro golo do encontro. 22 aninhos e um talento imenso por explorar. A merecer ser olhado com especial atenção.


Momento: 5 minutos, infelicidade de Abner para gáudio pacense

Duas equipas em momentos bastante idênticos, a precisarem de pontos para fugir aos últimos lugares. O Paços de Ferreira entrou melhor e acabou premiado por isso. Mabil ultrapassou Pedro Monteiro com inteligência, arrancou, levantou a cabeça e procurou servir Welthon. Abner tentou evitar que o cruzamento chegasse ao destino e acabou ele próprio por introduzir a bola dentro da própria baliza. Um lance infeliz que acabou por ser fulcral no desfecho do encontro.


Outros destaques:


Welthon

A melhor exibição do brasileiro este ano. Não marcou é verdade, mas o que criou e o que lutou valem o destaque. Mostrou-se inúmeras vezes disponível, ora para servir de apoio frontal ora para procurar bolas em profundidade. O lance em que perseguiu um adversário até à linha final. é sintomático da diferença substancial de atitude com que encara o jogo. É deste Welthon, comprometido com a equipa, que o Paços de Ferreira precisa, porque o talento, esse, está todo lá.


Pedro Monteiro

Um regresso infeliz à titularidade. Esteve cerca de 13 minutos em campo, por culpa de uma lesão sofrida. Ainda assim, tempo suficiente para estar ligado ao pior momento do Estoril no jogo. Facilidades gritantes a defender – sobretudo na génese do tento inaugural do jogo – e pouca capacidade para sair com bola. A infelicidade que sofreu foi a gota de água num final de tarde para esquecer.

Victor Andrade

Capacidade de explosão e técnica refinada. Argumentos mais do que válidos para contornar camisolas amarelas de forma sistemática, naquele jeito tão intrínseco ao futebol de rua. Ainda assim, por vezes teima em perder-se em dribles inconsequentes e quezílias que não condizem com o talento que possui.

Abner

Infeliz no autogolo que decidiu o jogo. Apesar da infelicidade nos primeiros minutos, foi invariavelmente o recurso que o Estoril encontrou para conseguir fazer a bola chegar ao último terço. Possante, ganhou inúmeras vezes a linha do fundo, embora nem sempre tenha definido de forma exemplar. Acabou por perder fulgor na etapa complementar e o emblema lisboeta ressentiu-se.