FIGURA: Afonso Taira
Conhecedor do jogo, inteligente e concentrado. Perfeito na cobertura aos centrais, a jogar em antecipação e a fazer roubos atrás de roubos. Enorme a receber a fazer jogar, curto e longo. Como cresceu o menino criado nas escolas do Sporting e tão mal aproveitado pelo Estoril na época passada. Está a nascer aqui um médio-seis de enorme qualidade. Pensa, executa, não perde a cabeça, mantém a lucidez. Excelente jogo na exigente Mata Real. Sofreu uma pancada forte de Bruno Moreira e saiu demasiado cedo do jogo. O Estoril precisava dele.

MOMENTO: minuto 83, Bruno Moreira a fechar as dúvidas
O Estoril dominava, o Paços pouco conseguia no ataque e só defendia. Numa transição rápida, a bola sobra para Bruno Moreira e o bom ponta de lança do Paços acaba com as dúvidas. 2-0 a sete minutos do fim.    

CRÓNICA DO JOGO: Paços suporta o sofrimento e sobe ao sexto lugar

OUTROS DESTAQUES

Hélder Lopes
Lateral esquerdo impulsionador, sempre pronto para subir e apoiar. Os primeiros cruzamentos para a área do Estoril saíram dele, da sua codícia pelo jogo. Veemente na intensidade, apesar de nem sempre ter decidido bem o último passe. Positivo a anular o imprevisível Gerso, um esquerdino capaz de tirar do sério qualquer um. Nome forte neste Paços de Ferreira.

Mattheus
Primeira titularidade no campeonato, após três presenças na condição de suplente utilizado. O flho de Bebeto desperta natural curiosidade e expetativa. Aqui vai o retrato de uma exibição positiva: futebol simples, quase sempre ao primeiro toque, resistente e confiante com a bola nos pés; alguns problemas no choque e no jogo pelo ar, muito mais habitual no futebol europeu do que no brasileiro. Possui condições para se afirmar neste Estoril.

Diogo Jota
Mérito de aparecer no sítio certo, à hora combinada com a bola. Desvio de bica e bola a bater na barra, antes de entrar. Até aí, o jovem prodígio pacense nem estava a ser feliz. Más decisões, precipitações, quase tudo a sair mal. Melhorou com o golo e carregou atrás de si a equipa. Pode, porém, jogar mais. Principalmente nas zonas interiores.

Gerso
25/30 minutos fantásticos no início da segunda parte. Teve o golo nos pés, passou uma mão cheia de vezes por Bruno Santos, sofreu faltas e espalhou o pânico. Está a desfazer a ideia que se criara sobre ele: é mais do que uma mera arma secreta.