A FIGURA: Mário Felgueiras

Ganhou o lugar a Rafael Defendi depois da derrota pacense com o Benfica e, para a equipa de João Henriques, em boa hora. Bela defesa a negar o golo a Aboubakar no lance seguinte ao tento de Miguel Vieira e, sobretudo, excecional na grande penalidade parada a Brahimi. Nas saídas dos postes também foi gigante, tapando caminhos aos avançados do FC Porto. Abusou das perdas de tempo, um pouco à semelhança de toda a equipa, mas a vitória tem muito dele.

O MOMENTO: Brahimi falha penálti

Minuto 68. A perder, o FC Porto tentava com todas as fichas um golo que reabrisse a discussão e teve soberana ocasião ainda relativamente cedo, quando Rui Correia empurrou Felipe na área. Bruno Paixão assinalou a grande penalidade e Brahimi, de forma algo surpreendente pois costuma ser Aboubakar a bater, partiu para a bola para tentar fazer reentrar o FC Porto no jogo. Mário Felgueiras esticou-se e negou-lhe os planos. A recuperação portista emperrou ali.

OUTROS DESTAQUES

Miguel Vieira

Uma entrada à ponta de lança acabou com a invencibilidade interna do FC Porto. Depois de já ter deixado boa impressão contra o Benfica, há poucas semanas, voltou a mostrar-se a bom nível contra outro dos candidatos ao título. E, desta feita, não se viu apenas a defender. Antes, foi ele a garantir os três pontos, aproveitando uma subida à área após canto para, na ressaca e com uma entrada à ponta de lança, fazer o golo da vitória e festejar...à Cristiano Ronaldo.

Assis

Parecia estar em todo o lado. João Henriques mudou ligeiramente o esquema, jogando com dois médios mais criativos e Assis nas costas de ambos. O brasileiro deu-se bem. É verdade que Ruben Micael e Pedrinho foram ajudando, mas também é certo que a entrega que coloca em campo e a leitura perfeita dos lances fizeram muita da diferença, ajudando o Paços a estancar o perigo portista ainda longe da área. Dispensáveis eram as constantes provocações, que culminaram, já em cima da hora, com umas «cambalhotas» no chão a queixar-se de...uma palmada amigável de um colega.

Ricardo Pereira

Regressou ao onze na posição em que começou a época e, num terreno muito difícil, foi o lateral que costumava ser. Uma seta apontada à baliza contrária, naquele vaivém constante que não deixa sossegados os rivais. Aliás, talvez adivinhando o regresso, João Henriques entrou em campo com a ala esquerda reforçada, o que complicou o entendimento com Corona, mas quase nunca por culpa do português.

Sérgio Oliveira

Com o meio campo portista órfão de Danilo e Herrera assumiu o lugar de patrão do miolo, até porque o parceiro, André André, esteve uns furos abaixo daquilo que lhe seria exigido. Jogou sempre nos limites, a dar tudo e a tentar empurrar a equipa para a frente. Resumindo: não foi por ele.

Waris

Estreia a titular na Liga portuguesa com uma exibição francamente má. Fora dela, como se costuma dizer. Com este efeito prático, dificilmente terá muitas mais oportunidades, mesmo com o ataque portista desfalcado.