A FIGURA:

Diogo Jota

19 anos, nove golos na Liga (onze no total de jogos oficiais). Bastaria esta referência para deixar o mais distraído dos adeptos intrigado sobre Diogo Jota. Porém, nada melhor do que ver jogar este talento pacense, que tem um punhado de interessados no seu concurso (não apenas o Benfica) e é uma das principais razões para que uma vintena de clubes tenham enviado olheiros esta noite à Mata Real. O jogo estava morno quando o jovem extremo-esquerdo decidiu entrar em ação. Depois de ameaçar nos descontos da primeira parte, entrou endiabrado no segundo tempo e em menos de cinco minutos fez dois golos e teve oportunidade para o terceiro. Em dois lances de puro talento bisou e aos 80 minutos quase resolvia o jogo com um remate fortíssimo à entrada da área. Nota máxima, evidentemente.

MOMENTO: minuto 70'. Entrar a marcar

O ponta-de-lança brasileiro provou porque é o jogador mais letal deste Marítimo. Preterido para o banco de suplentes para dar lugar a Baba no onze inicial, Dyego Souza não tardou a mostrar serviço quando Nelo Vingada precisou dele para correr atrás do empate: assim que entrou em campo, da primeira vez que tocou na bola, aproveitou um livre e fez de cabeça o golo que sentenciou o resultado final.

OUTROS DESTAQUES:

Bruno Moreira

O maior goleador português da Liga (14 golos) nem precisou de marcar esta noite para merecer destaque. Na primeira parte, foi sobretudo ele a principal ameaça para a baliza de Salin, a recuperar bolas para de seguida rematar de fora da área (25’ e 38’) ou a assistir, já nos descontos, isolando Diogo Jota na melhor oportunidade pacense antes do intervalo.

Andrezinho

O médio-ofensivo de 20 anos é, depois de Jota, o outro jovem prodígio dos pacenses. A André Leal chamam-lhe Andrezinho, mas em campo ele não raras vezes transforma-se em «Andrezão». Dos pés dele saiu a assistência para Jota inaugurar o marcador e quase saía um monumental golo com chapéu de aba larga logo de seguida. A sociedade entre Jota e Andrezinho vale por si só a viagem a Paços de Ferreira numa noite fria. Dá gosto vê-los jogar...

Dyego Souza

Entrou e na primeira vez que tocou na bola fez o golo do empate. Ao contrário de Baba, pouco incisivo, o Dyego mostrou killer instinct ao aparecer nas costas do defesa pacense Ricardo para desviar de cabeça para o fundo da baliza de Defendi. Foi o 11.º golo do ponta-de-lança brasileiro na Liga. Não é por acaso que é o melhor marcador dos maritimistas.

João Diogo

O Marítimo também tem o seu Diogo que também é «J», de João. Acima e abaixo, o extremo carrilou boa parte do jogo ofensivo dos maritimistas pelo flanco direito e foi decisivo no resultado final ao reduzir logo após os dois golos pacenses, aparecendo nas costas da defesa adversária para desviar para com tranquilidade finalizar na cara de Defendi.