A FIGURA: Roberto

Um golo e uma assistência. Parece que está tudo dito, não é? Mas não. A influência inegável no resultado final já lhe daria o estatuto de homem do encontro, mas a exibição foi mais do que dizem os números. Qualidade a receber e a entregar, pormenores técnicos vistosos, entrega e inteligência. Glória, por fim.

O MOMENTO: tiro certeiro à primeira

Minuto 15. O primeiro quarto de hora foi pobre de parte a parte e o Moreirense estaria até a estudar o que o rival tinha para usar como trunfo quando se apanhou na frente. Roberto não desperdiçou a primeira ocasião flagrante do jogo. Após passe de Nildo, isolou-se e picou, com classe, sobre Defendi. O golo foi o alicerce forte que o Moreirense precisava para construir a vitória.

OUTROS DESTAQUES

Daniel Podence

Não fez tudo bem, mas fez bem o que foi preciso. Como o golo que matou o jogo, por exemplo. A rapidez que coloca em jogo é uma arma importante e mesmo que o Paços o conseguisse manietar muitas vezes, quando se libertou causou perigo. Mais eficaz do que Dramé, por exemplo, o flanqueador do outro lado, que até esteve mais em jogo.

Cauê

Joga como médio de equipa grande. Imponente fisicamente, cabeça levantada, bem equilibrado e processos simples. É o que se pede ali. Uma âncora que os colegas encontram em momentos complicados. Não é o médio mais técnico do plantel, mas a sua utilidade é indiscutível.

Pedrinho

Não é o mesmo do início da época. Talvez o desgaste, talvez uma menor inspiração, mas a verdade é que lhe correu mal o jogo esta noite e a grande penalidade desperdiçada foi apenas a face mais visível. Um mérito ninguém lhe tira, contudo: nunca virou a cara à luta, veio muitas vezes atrás pegar no jogo e mesmo depois do penálti deu a cara pelo jogo da equipa. Melhores dias virão, então.

Ivo Rodrigues

Começou mal, ficando ligado ao golo de Podence pelo erro no início da jogada, mas foi o mais inconformado do Paços na segunda metade. Dois remates perigosos, um penálti sofrido e muita disponibilidade.