Figura: Bruno Santos

O futebol é pródigo em heróis improváveis. Esta foi a tarde de Bruno Santos. O lateral-direito esteve irrepreensível defensivamente, não deu espaço a Aylton nem para executar e muito menos para pensar. Além do bom desempenho defensivo, o brasileiro ofereceu bastante largura e profundidade à equipa, libertando Amaral para zonas mais interiores. Numa dessas ocasiões fez um bom cruzamento para o golo de Denilson depois de ele próprio ter assinado o 1-0.

Momento: Denilson castigo dupla do Portimonense, minuto 41

Quando o jogo parecia seguir empatado para o intervalo, Bruno Santos cruzou para a área e Willyan cortou a bola contra Lucas. Denilson ficou com a bola e atirou para o fundo da baliza de Gonda. Esse erro foi decisivo.

Outros destaques:

Tabata: viu-se o extremo a jogar e foi impossível ficar indiferente à vontade de assumir, de carregar a equipa, enfim, de ser protagonista. E foi a figura dos algarvios em Paços de Ferreira. O internacional olímpico pelo Brasil fartou-se de driblar camisolas amarelas – delicioso o túnel a Eustáquio –, de imaginar e criar as jogadas de perigo do Portimonense. Excelente a execução do livre que origina o autogolo de Marcelo. Na segunda parte fartou-se de tirar cruzamentos para a área, mas os seus colegas nunca conseguiram aproveitá-los. 

Dener: quando a equipa mais precisou, o capitão mostrou-se. O médio cresceu com o decorrer dos minutos, destacando-se na pressão e na recuperação da bola em zonas adiantadas. Dener foi incansável e pautou o jogo algarvio no segundo tempo, tendo tentando o golo em duas situações.

Denilson: fez um belo jogo. Chegou ao sexto golo na temporada e foi decisivo na vitória que ofereceu a manutenção ao Paços de Ferreira e ao Belenenses. No entanto, Denilson fez mais do que o golo. Ofereceu-se em apoio aos médios, segurou a bola e ganhou (muitas) faltas importantes para a equipa respirar na fase de maior sufoco. Acabou o jogo de rastos.