Já diz o ditado que «quem não marca sofre» e, se nem sempre a permissa é verdadeira, esta tarde o Paços de Ferreira foi vítima da sabedoria popular. Castores sofreram do grande mal do desperdício, mas, justiça seja feita, também tiveram pela frente uma baliza fechada a sete chaves.
 
Era preciso pontuar, sair do ciclo negativo, e o lema valia para as duas equipas. Duas formações que se conhecem bem, que sabem jogar bem, e que criaram muitas dificuldades uma à outra num jogo com emoção até ao final.
 
A jogar em casa, o Paços entrou em força. Logo aos 3 minutos, Bruno Moreira a aparecer isolado na área após um falhanço de Prince e Cássio, a travá-lo em falta. O árbitro assinalou grande penalidade, que Sérgio Oliveira foi chamado a converter. Cássio demonstrou uma frieza e uma eficácia, que viria a repetir durante todo o jogo, esperou a bola partir e, como o remate não foi com muita força, conseguiu defender.
 
Depois seguiram-se mais 40 minutos de domínio pacense, com Edson Farias, que oscilou entre o corredor direito e esquerdo, a ser o mais dinâmico e o mais perigoso. Ainda assim, mesmo com os centrais rioavistas a demorarem a entrar no jogo, a baliza estava fechada por Cássio. O guardião brasileiro, que há duas épocas deixou a Mata Real, negou o golo a Minhoca, Urreta, Bruno Moreira e a Edson Farias.
 
Do outro lado, o Rio Ave continuava irreconhecível. As jogadas coletivas não apareciam e remates, nem vê-los. Mas quase em cima do intervalo, Hassan recebeu na área e, aproveitando uma hesitação na defesa pacense, fez o 1-0 que levou o Rio Ave em vantagem para o intervalo.
 
E os rioavistas voltariam a chegar ao golo logo no início da segunda parte também. Numa excelente arrancada pelo corredor direito, Ukra levou a bola para perto da área pacense, colocou em Pedro Moreira, que rematou de fora da área e fez o 2-0.
 
Logo na resposta, Hélder Lopes, numa excelente arrancada, chegou à área adversária, rematou à baliza, e só Cássio, que entregou o corpo à bola, lhe negou o golo certo.
 
Depois o Paços diminuiu por algum tempo a pressão junto da baliza adversária. O único que continuou a subir foi Edson Farias que, muito sozinho, se mostrou também muito perdulário. Mas Hélder Lopes ainda tinha contas a acertar com Cássio e aos 78 minutos, após um passe de Urreta, rematou cruzado na área e, sem hipóteses para o guarda-redes brasileiro, fez o golo de honra pacense.
 
Até ao final, houve um verdadeiro ataque ao castelo, com meia equipa do Paços de Ferreira a rematar à baliza, mas Cássio não deixou que o marcador voltasse a mexer.
 
Com este resultado, o Rio Ave sobe ao sexto lugar, com 23 pontos, mais um do que os castores.