Ao fim de três jornadas consecutivas a perder, o Tondela encontrou três pontos na Mata Real e sobe ao 10.º lugar, com 25 pontos, mais quatro do que o Paços, que é 13.º e está para já três acima da zona de despromoção.

Esta noite, o Tondela aproveitou a autoestrada da Mata Real para resgatar três pontos críticos na corrida pela manutenção: a equipa forasteira dois golos ainda antes do intervalo, num jogo em segurou a vantagem com aparente tranquilidade, até na meia-hora final, a jogar com menos um.

Com as duas equipas a encaixarem em sistemas idênticos de 4-2-3-1, foi o Tondela a mostrar maior rapidez sobre a bola e nas transições ofensivas.

Paços de Ferreira-Tondela, 0-2: ficha e jogo ao minuto

Se o Paços enrolava no ataque, o Tondela precisava de dois, três toques para chegar com perigo à baliza contrária. Apanhou por diversas vezes a defensiva pacense desprevenida. Até com movimentos simples e que nem são novidade, como Tomané a descair nos flancos, arrastando o central Ricardo consigo: autoestrada no flanco e uma cratera na defesa dos «castores». Assim nasceu o primeiro golo dos beirões, logo aos 9 minutos de jogo: Tomané sobre a esquerda a deixar Ricardo nas covas e a cruzar para Pedro Nuno aparecer solto na área, escapado à marcação de Gian, a inaugurar o marcador.

O lado direito da defensiva pacense era uma autoestrada. E assim voltou a ser aos 36’, quando Miguel Cardoso ganhou a linha e cruzou para Tyler Boyd aparecer de cabeça a fazer o 2-0.

A perder, João Henriques nem esperou pelo intervalo para arriscar: fez entrar Luiz Phellype para o lugar de Bruno Santos, puxou Assis para o lado direito da defesa e o Paços passou a jogar com dois pontas de lança.

O jogo só mudaria à hora de jogo, com a expulsão de Ícaro, por cartão vermelho direito por entrada dura sobre Xavier. O Paços passou a ter meia-hora de jogo para, com um jogador mais, anular uma desvantagem de dois golos.

Paços de Ferreira-Tondela, 0-2: destaques do jogo

Pepa estreou Jorge Fernandes, vindo do FC Porto B, para compensar o eixo defensivo e daí em diante o Tondela passou a jogar na expetativa, quase sempre atrás da linha da bola, dando a iniciativa de jogo à equipa da casa. João Henriques só tinha de aceitar o convite para arriscar e retirou Ricardo para fazer entrar Mabil (66’): Gian recuou para a defesa e Assis regressou ao meio-campo, com o Paços a passar a um 3-3-4, com alas bem abertos.

A falta de ideias era, no entanto, evidente. E quando não faltavam ideias, era a habilidade a rarear. Sucederam-se os cruzamentos sem qualquer precisão e os remates para fora. Oportunidades, zero. Por sua vez, o Tondela quase surpreendia no contra-ataque e continuou a visar a baliza de Defendi: umas vezes por Tomané, outras por Tyler Boyd.

Os beirões quebram a sequência de três jornadas consecutivas a perder, em vésperas de receberem o Sporting na próxima jornada. Em sentido inverso, o Paços: depois de duas vitórias seguidas quando pegou na equipa, João Henriques soma a segunda derrota seguida. Na Capital do Móvel voltaram a soar os alarmes: os pacenses têm de voltar a acelerar para sair da zona perigosa numa corrida de aflitos.