O Sp. Braga recuperou o quarto lugar da Liga e colocou-se apenas dois pontos do segundo classificado com um triunfo caseiro (3-0) diante do Paços de Ferreira. Pragmáticos, os pupilos de José Peseiro resolveram o jogo cedo com golos de Rui Fonte e Ricardo Horta, gerindo depois o encontro com serviços mínimos até o avançado bisar na segunda metade.

Na ressaca da eliminação europeia, e com a capacidade física a ameaçar dar sinais à medida que o cronómetro fosse evoluindo, o Sp. Braga construiu uma vantagem confortável de dois golos em apenas sete minutos. Os pacenses até entraram sem receio de ter a bola, mas dois contragolpes com recuperações de bola cirúrgicas dos arsenalistas acabaram apenas com as redes de Defendi a abanar.

Wilson Eduardo acelerou para o primeiro golo aos treze minutos, cruzando para Rui Fonte desviar de forma subtil ao primeiro poste, deixando o guarda-redes do Paços a ver a bola bater no poste antes de entrar. Boa entrada em jogo de Rui Fonte, que substitui o lesionado Stojiljkovic logo aos seis minutos.

Obra de arte de Horta a tranquilizar

O segundo dos bracarenses foi assinado por Ricardo Horta. Um golo de levantar qualquer estádio, com uma classe enorme de fora da área em arco. O que mais podia desejar um Sp. Braga a precisar de confiança, com várias baixas e a estrear o jovem Bruno Wilson, da equipa B, no eixo da defesa?

Pelo meio, entre os sete minutos que separaram os dois golos, o jogo esteve frenético. Marafona teve de sair com arrojo aos pés de Gleison, Ricardo deu o corpo à bola na pequena área para evitar o golo de Hassan e Welthon ainda driblou Marafona nas imediações da área, mas sem sucesso na hora de visar a baliza adversária.

Instantes de falsas promessas num jogo quase sempre desenrolado a um ritmo baixo e em que o Paços de Ferreira pareceu temer em demasia o seu oponente, fazendo muitas cerimónias na hora de rematar. Foi precisamente isso que o Sp. Braga demonstrou, mais arrojo e determinação ao apontar à baliza de Rafael Defendi.

Estocada final de Rui Fonte

Esperava-se uma reação do Paços de Ferreira, que tinha de surgir o quanto antes face à desvantagem de dois golos. Contudo, os pupilos do técnico interino Vasco Seabra não tiveram argumentos para importunar um Sp. Braga que vinha a gerir a intensidade do encontro sem grandes correrias.

Não entrou no jogo a equipa da Mata Real, fez questão de arrumar com a questão o Sp. Braga, se é que ainda não estava arrumada, com Rui Fonte a bisar. Lançado por Wilson Eduardo, o avançado foi à cara de Rafael Defendi aumentar a vantagem dos Guerreiros.

Triunfo natural do Sp. Braga, que não precisou de acelerar muito para vencer de forma confortável um Paços de Ferreira amorfo e sem conetividade entre setores. Apesar de estar distante da linha de água, em termos de classificação, apenas dois pontos separam os Castores dos dois últimos lugares. De novo em quarto, na próxima jornada os bracarenses deslocam-se a Alvalade apenas com menos um ponto do que os leões.