A SAD do Benfica está acusada de 30 crimes no processo «e-toupeira» e o assessor jurídico Paulo Gonçalves de 79 crimes, informa a Lusa, que teve acesso à acusação do Ministério Público (MP).

De acordo com a agência de notícias, o MP acusou a SAD encarnada um crime de corrupção ativa, um crime de oferta ou recebimento indevido de vantagem e de 29 crimes de falsidade informática.

Como já era sabido, o MP pede ainda que sejam aplicadas penas acessórias à Benfica SAD, que podem levar a que as águias sejam impedidas de participar em competições desportivas.

Já o assessor jurídico, Paulo Gonçalves, foi acusado de 79 crimes: um de corrupção ativa, um de oferta ou recebimento indevido de vantagem, seis de violação de segredo de justiça e de 21 crimes de violação de segredo por funcionário, em coautoria com os arguidos Júlio Loureiro e José Silva (ambos funcionários judiciais). O advogado está ainda acusado de 11 crimes de acesso indevido (em coautoria), de 11 crimes de violação do dever de sigilo (em coautoria) e 28 crimes de falsidade informática.

O oficial de justiça José Augusto Silva –arguidos que se encontra em prisão preventiva – foi acusado de 76 crimes: um de corrupção passiva (em coautoria), um de favorecimento pessoal, seis de violação de segredo de justiça, 21 de violação de segredo por funcionário, nove de acesso indevido, nove de violação do dever de sigilo, 28 de falsidade informática e de um crime de peculato (apropriação indevida de dinheiro público).

Escrivão e observador de árbitros, o arguido Júlio Loureiro foi também acusado de 76 crimes: um de corrupção passiva, um de recebimento indevido de vantagem, um de favorecimento pessoal, seis de violação de segredo de justiça, 21 de violação de segredo por funcionário, nove de acesso indevido, nove de violação do dever de sigilo e de 28 crimes de falsidade informática.

O MP pede também para que José Augusto Silva e Júlio Loureiro «não voltem a exercer funções de interesse público» por «não serem detentores da necessária confiança e probidade para tal desempenho» face à gravidade dos factos imputados».