Declarações do treinador do Portimonense, Paulo Sérgio, na conferência de imprensa após a vitória frente ao Gil Vicente (1-0), em jogo da 25.ª jornada da Liga: 

«O Portimonense controlou o jogo na maior parte do tempo com um Gil Vicente muito perigoso a tentar meter velocidade na frente e a tentar jogar nas nossas costas. Não queríamos cometer erros, mas mesmo assim cometemos alguns que não foram aproveitados pelo Gil. Fizemos um golo de bandeira e tivemos mais quatro ou cinco situações em que não fomos eficazes na finalização. As duas equipas trabalharam muito após esta paragem e quer eu como o Vítor (Oliveira) um pouco às escuras, porque uma coisa é jogar, outra é treinar e estávamos à espera qual seria a real resposta de cada um e do seu todo. Depois disto tudo a resposta foi satisfatória, num jogo que se torna frio porque não tem público, num ambiente diferente. Mas graças a Deus vencemos, com um golo fantástico num desafio lançado ao Lucas [Fernandes], que tem muito talento, mas falta-lhe arriscar mais no remate. Lançámos-lhe esse desafio na preparação do jogo, quando o confrontámos com o número de remates, que são poucos e esteve a rematar muito mais durante a semana. Quem não remata não marca...»

[Defesa personalizada sem nunca recuar] «Foi intencional. Com tanto tempo que faltava por jogar acho muito arriscado baixar. Até porque tínhamos extremos rápidos para explorar o contra-ataque e não gosto de ver a minha equipa recuada, temos de manter um padrão de jogo e aquilo que treinamos. Quando faltavam três ou quatro minutos procurámos fechar a loja com o Jadson, mas mantendo três homens na frente. Gostei, porque já houve jogos em que marcámos e recuámos e isso foi penalizador. A equipa tem de fazer o que treina e isso tem efeito. Temos batido na tecla de não perdermos a organização tática e demos uns passos no caminho que queremos. Temos muitos brasileiros na equipa, até lhes dei o exemplo do Jorge Jesus, dizendo-lhes que o que ele levou para o Brasil foi organização tática, porque o talento está lá, para perceberem que o futebol só não se joga só com a bola no pé ou a olhar para ela.»

«A vitória era o mais importante, mas fizemos um jogo conseguido perante uma equipa difícil em que o empate para eles aqui era como uma vitória.»