O Comando Metropolitano da Polícia de Segurança Pública de Lisboa vai estar em alerta máximo este sábado para o terceiro dérbi na capital portuguesa da temporada, com um dispositivo em tudo semelhante aos anteriores, para um jogo que é naturalmente classificado como de «risco elevado».
Um Sporting-Benfica que promete «mexer com a cidade», como anunciou subintendente Pedro Pinto, comandante da III Divisão Policial de Lisboa, na habitual conferência de imprensa promovida pela Polícia de Segurança Pública, fazendo desde logo a distinção entre um dérbi e um clássico da perspetiva policial. «Vai mexer mais com a cidade. Quando fazemos um Sporting-FC Porto ou Benfica-FC Porto, os espaços são mais confinados. Admitimos que a cidade de Lisboa tem muitos adeptos do Benfica e do Sporting. O facto de não haver um local de concentração de adeptos que vêm fora da cidade, obriga a mexer com mais espaços, a condicionar toda aquela envolvente de Benfica, São Domingos de Benfica, Carnide, Lumiar e Alvalade. Há uma exigência maior porque a concentração de massas não será tão concentrada como nos jogos em que uma das equipas não é da cidade», começou por destacar.
O início do jogo está marcado para as 20h45, as portas abrem duas horas antes e a polícia pede aos adeptos que cheguem ao estádio o mais cedo possível, até porque quanto mais perto da hora do jogo, mais o trânsito vai estar condicionado, com especial incidência na Avenida Pereira Fonseca, como explicou o comissário Pedro Pereira, adjunto da Divisão de Trânsito de Lisboa. «Os adeptos do Sporting podem entrar mal as portas abram, duas horas antes. Os do Benfica também devem entrar mal cheguem às imediações do estádio, o processo de entradas far-se-á imediatamente. O importante é que todos vejam o pontapé inicial», referiu.
O Estádio de Alvalade tem uma lotação oficial de 50.046 adeptos, mas por motivos de segurança, foram vendidos pouco mais de 48 mil bilhetes, número que vai permitir ao Sporting ultrapassar o meio milhão de adeptos, contabilizando apenas os jogos na Liga. Da parte do Benfica, serão 2.651, o número de bilhetes que o Sporting disponibilizou e que foram todos vendidos nas bilheteiras da Luz.
Será o terceiro dérbi na capital, o segundo no Estádio de Alvalade, onde os dois emblemas já se confrontaram para a Taça de Portugal. «Será um jogo diferente. O primeiro contra o segundo, o resultado pode manter esta classificação ou pode invertê-la, mas será sempre um Sporting-Benfica. Os cuidados serão sempre muito semelhantes, independentemente da tabela classificativa. Esse factor não deixa de manter o nível de risco que, de acordo com a lei, é elevado», destacou o subintendente Pedro Pinto.
O dispositivo será semelhante ao dos outros grandes jogos realizados em Lisboa, envolvendo mais de seis centenas de agentes dos mais diversos sectores da PSP: Divisão de Trânsito, Unidade Especial de Polícia, Relações Públicas, Divisão de Segurança nos Transportes Públicos, Unidade Metropolitana Desportiva, «portanto tudo aquilo que normalmente é alocado a este tipo de eventos».
Um dérbi que tem vindo a aquecer pelas declarações dos dirigentes que, apesar ed tudo, pouca influência têm na postura da polícia. «A polícia é alheia a esse tipo de rivalidades. Tudo é tido em conta, mas não fazemos qualquer tipo de comentário em relação a esse aspeto. São tomadas todas as medidas para um Sporting-Benfica. Será sempre diferente se o adversário fosse uma outra qualquer equipa», destacou ainda o subintendente Pedro Pinto.
