Figura: Jonas

Mudam as equipas, mudam as camisolas, mudam as expetativas, muda muita coisa de uma época para a outra. Mas há uma coisa que não muda há três anos: Jonas. O brasileiro parece que não sente os anos passar por ele e voltou a ser esta quarta-feira essencial: fez a assistência para o primeiro golo, apontou ele próprio o segundo, iniciou a jogada do terceiro e espalhou magia no relvado.

Positivo: Seferovic

Depois de três golos na pré-temporada, que abriram o apetite para o que este reforço pode valer, Seferovic manteve o hábito de ir marcando na Supertaça e esta quarta-feira, no primeiro jogo do Benfica na Liga. O que é um ótimo sinal, até porque é isso que se exige a um ponta de lança. Abriu o marcador aos 14 minutos, ameaçou bisar por mais quatro vezes e foi uma ameaça constante.

Momento: o golo de Salvio

O golo de Hassan pouco antes do intervalo tinha tirado conforto ao Benfica no jogo: não que a equipa tivesse ficado nervosa, mas estava menos segura. Tanto assim que Hassan voltou a marcar, num golo bem anulado por fora de jogo por uma unha negra. Por isso o resultado estava aberto, quando Salvio aproveitou um cruzamento de Cervi para fazer o terceiro e encerrar a discussão.

Confira a ficha de jogo e as notas dos jogadores

OUTROS DESTAQUES:

Pizzi

Na última época formou com Jonas a dupla mais importante do campeonato: o entendimento entre os dois foi essencial para o Benfica vencer muitos jogos. Esta noite ainda não esteve ao nível do brasileiro, mas mostrou o talento que possui numa mão cheia de grandes passes a rasgar o jogo.

Franco Cervi

Fartou-se de levar futebol para o ataque, o que é um ótimo sinal numa equipa que vive muito da capacidade dos extremos comerem metros com a bola para crescer no terreno. Pelo caminho fez o passe que permitiu a Salvio apontar o terceiro e bateu um canto que Jonas finalizou a rasar o poste.

André Almeida

Entrou na nova época cheio de confiança, pelo que foi delicioso vê-lo subir pelo flanco e jogar para a frente quase sempre: sem medo de invadir linhas e o espaço do adversário. Numa dessas subidas, cruzou para a primeira ocasião de perigo do jogo: Seferovic cabeceou para defesa de Matheus.

Hassan

Apontou o golo que relançou a incerteza no resultado, no fim de uma jogada que é muita dele: ganhou na velocidade a Jardel, conquistou espaço e fez um chapéu perfeito a Bruno Varela. Já na segunda parte voltou a marcar, mas o golo foi anulado por um fora de jogo tirado ao milímetro.

Ricardo Esgaio

Não teve um jogo fácil, não senhor, o Benfica atacou muito pela esquerda, onde estava Cervi e surgia muitas vezes também Jonas, pelo que foi obrigado a um desgaste enorme. Apesar disso, não se encolheu, subiu pelo flanco e fez a jogada do golo de Hassan, com uma assistência deliciosa.

Fransérgio

Teve também uma noite difícil, mas por outra razão: o Sp. Braga lança o jogo diretamente da defesa para o ataque e exige aos médios que lutem pela segunda bola. Faltou-lhe futebol, portanto. Apesar disso, fez um grande passe para Horta rematar com perigo e atirou do meio da rua a rasar o poste.