No jogo de arranque da 30.ª jornada, Joel Tagueu voltou a ser decisivo, dando ao Marítimo três preciosos pontos na luta pela permanência, frente a um Sp. Braga que foi quase sempre mais ‘mandão’, mas que revelou dificuldades para materializar as ocasiões que foi construindo.

Os insulares alcançaram, pela primeira vez nesta época, a terceira vitória seguida, ao passo que o Sp. Braga perdeu o segundo jogo consecutivo e pode ver o Benfica aumentar a margem, no terceiro lugar.

Na casa dos madeirenses, com renovada confiança depois de duas vitórias consecutivas que os deixavam em posição mais confortável para garantir o objetivo de salvar a temporada e marcar presença entre os grandes na próxima época, começou melhor precisamente o Marítimo, subindo mais no terreno do adversário, embora sem concretizar em situações de perigo.

Em contrapartida, da primeira vez que os arsenalistas se aproximaram da área maritimista, a jogada até podia ter dado mais frutos.

Os minutos seguintes trouxeram mais Braga, com os arcebispos a dominar na posse e no posicionamento. Ainda assim, os homens da casa procuravam algumas fugas, a espaços, até ao último terço, chegando a ganhar o primeiro pontapé de canto do jogo.

Aos 19 minutos, a melhor jogada até então teve a assinatura do Sp. Braga, mas a resposta de Sporar ao cruzamento de Piazon não esteve à altura, atirando a bola muito por cima da baliza de Amir. Aos 20 minutos, era um jogo muito encaixado aquele a que se assistia no estádio do Marítimo.

Passada meia-hora de jogo, aos 34 minutos, surgiu a ocasião de maior perigo, quando Piazon obrigou Amir a esticar-se numa defesa vistosa, depois de uma jogada bem trabalhada, que deixou a bola à mercê do brasileiro, à entrada da grande área.

Aos 41 minutos, um mau alívio de Zainadine permitiu aos bracarenses aumentar a pressão sobre a defensiva verde-rubra, que ainda assim, impedia os comandados de Carlos Carvalhal de criar grandes oportunidades de golo. O Sp. Braga estava por cima, causando mesmo alguns calafrios aos madeirenses, mas parecendo ainda longe de faturar.

Aos 45 minutos, o Marítimo subiu até à grande área dos arsenalistas para chegar à melhor oportunidade do encontro até à altura. Feito um cruzamento da esquerda, a bola chegou a Edgar Costa, que rematou de pronto, com o esférico a embater com estrondo, no travessão da baliza de Matheus.

Logo a abrir o segundo tempo, Rafik Guitane perdeu a bola, recuperada por Galeno, que cruzou com perigo, numa jogada em que a bola ainda desviou em Zainadine e quase traia Amir.

Pouco depois, mais uma boa jogada do ataque do Sp. Braga quase deixava Sporar em posição privilegiada para marcar, mas valeu Edgar Costa, a cortar in extremis. Os minhotos começavam a apertar e iam somando aproximações e ocasiões que faziam estremecer a muralha defensiva dos madeirenses.

A primeira incursão do Marítimo até ao último terço, na segunda parte, foi conduzida por Alipour, num contra-ataque que não teve a melhor finalização. Matheus segurou, sem esforço, um remate frouxo do iraniano.

Três minutos depois, porém, os verde-rubros tornaram a subir às redondezas das redes bracarenses, numa jogada bem mais perigosa, que podia ter tido outro aproveitamento, primeiro por Pelágio e depois por Joel.

Aos 61 minutos, Alipour serviu Pelágio, que puxou a culatra atrás, mas com a bola a sair por cima da baliza de Matheus. O Marítimo acercava-se mais da grande área do Sp. Braga, mas, com pouco espaço, os insulares eram obrigados a recorrer ao pontapé de meia distância.

O Sp. Braga voltou a assumir as rédeas, pouco tempo depois, e voltou a rondar a baliza de Amir, com a melhor ocasião a aparecer aos 69 minutos, num remate potente de Galeno, após uma diagonal para o interior, que não passou muito por cima da trave.

Aos 76 minutos, Joel Tagueu voltou a fazer jus à alcunha de ‘Cruel’, ao concretizar uma boa jogada iniciada do lado direito, e que o avançado camaronês finalizou do lado esquerdo. Pelágio cedeu o esférico para Joel, que sentou Ricardo Esgaio, antes de fletir para dentro e rematar, rente à relva, para o fundo das redes.

A equipa de Carvalhal procurava a reação, e aos 86 minutos, na sequência de um pontapé de canto, Ricardo Horta rematou forte para a defesa do guarda-redes iraniano do Marítimo.

Na tentativa de resgatar o empate, os arsenalistas deram forma a uma pressão excruciante, com uma série de jogadas perigosas, às quais o Marítimo acabava por dar boa resposta, segurando com unhas e dentes a vantagem preciosa até ao apito final de Fábio Veríssimo.