Empate frio no arranque da 24ª jornada da Liga. Moreirense e Boavista protagonizaram um jogo pobre, em que apenas nos descontos se registaram lances de real perigo, de bola parada, sendo que por isso mesmo o nulo no marcador é um espelho fiel dos noventa minutos em que a bola se passeou pelo relvado.

Um remate forte de Alan Schons, na sequência de um livre e a resposta no minuto seguinte de Carraça, também de livre, foram os momentos altos de um jogo com pouco para contar. Faltaram peças com mais magia para fazer xeque-mate e arrecadar mais do que um ponto.

Em relação aos dérbis da Cidade Berço e da Invicta da última jornada, em que Moreirense e Boavista saíram derrotados, os dois técnicos fizeram mudanças residuais nas suas peças. Cauê regressou ao miolo e Alex relegou Sougou para fora da equipa na equipa de Moreira de Cónegos. No Boavista Philipe Sampaio regressou ao eixo da defesa, Anderson Correia ocupou a vaga do castigado Talocha e Idris regressou de forma natural ao miolo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mesmo contando com o regresso de algumas das suas principais peças, o duelo de xadrez começou pouco ousado, sem ligação entre setores e essencialmente com muitas perdas de bola displicentes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

As torres levaram a melhor nos setores mais recuados, faltou pujança à cavalaria para provocar desequilíbrios e restou apenas trabalho aos peões. Trabalho constante, sujo por vezes, com muita luta, bola cá e bola lá, mas sem fio de jogo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ainda assim, o Moreirense teve mais ímpeto ofensivo e jogou com mais regularidade perto da área da turma do Bessa. Mais iniciativa por parte do Moreirense, mas sem conseguir rubricar lances de real perigo, a exemplo do que aconteceu com o Boavista, ainda que a turma de Miguel Leal raramente articulasse o seu jogo até perto das redes dos Cónegos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O período de descanso pareceu fazer bem às duas equipas. Nos primeiros cinco minutos registaram-se dois remates para cada lado, numa amostra que não viria a ter a sucessão necessária.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Inácio estreou Ary Papel, o Boavista teve um lance em superioridade numérica na área do Moreirense e de resto pouco mais há a acrescentar. Muita vontade, pouco talento e os setores mais recuados a serem definitivamente suficientes para fazer face à inoperância atacante.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Boavista atinge o objetivo primordial da época, trinta pontos, mas em direito a grandes festejos. Empate tímido, demasiado tímido que faz aumentar para seis o número de jogos sem ganhar do Moreirense e mantém a tradição: o Boavista nunca venceu no Comendador Joaquim de Almeida Freitas em jogos do principal escalão do futebol português.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Falsa partida na jornada 24 da Liga, só com peões não se faz xeque-mate.