Figura: Miguel Cardoso

28 de abril de 2018. Um dia para recordar por toda a vida. Fez dois golos na Luz, o primeiro dos quais verdadeiramente espetacular: fugiu entre Douglas e Luisão, recebeu de David Bruno com o peito e de primeira fez um chapéu a Varela. Pouco depois, recebeu de Ricardo Costa e rematou de primeira para o segundo golo. Um sábado de glória para um produto da formação do Benfica.

Positivo: Cláudio Ramos

Que exibição fantástica. Parou tudo o que era humanamente possível parar. Só não parou o remate potente de Pizzi, a abrir o jogo, e o chapéu perfeito de Salvio, a fechá-lo. Pelo meio voou a deter remates de Cervi, Zivkovic e Rafa, tendo ainda parado dois desvios de Raul Jimenez e um carrinho de Luisão. Um final de tarde de mão cheia de um guarda-redes que vale pontos: vários pontos.

Negativo: Douglas e Luisão

Luisão foi titular no lugar de Jardel, que deve ter acusado algum problema físico e ficou na bancada, pouco depois André Almeida lesionou-se e foi substituído por Douglas. Antes da meia hora de jogo o Benfica já tinha perdido 50 por cento da defesa titular, o que teve custos: os três golos do Tondela surgiram no espaço entre Luisão e Douglas, que fecharam muito mal entre eles.

OUTROS DESTAQUES:

Tomané

Fez o golo que matou o jogo, já nos dez minutos finais, com um remate de colocação perfeita, já depois de ganhar sobre Luisão. Um golo que Tomané mereceu, pelo que fez, pelo que trabalhou, pelo que deu à equipa. Curiosamente pouco antes já podia ter marcado, mas Varela negou-lho.

David Bruno

Começou mal: foi pela direita da defesa do Tondela que Raul Jimenez fugiu para fabricar o primeiro golo e foi também por ali que Cervi fugiu pouco depois para quase fazer o segundo. Redimiu-se com uma grande assistência para o primeiro do Tondela e fez o lançamento que originou o segundo.

Pizzi

Fez o primeiro golo do jogo e pareceu aí encaminhar o Benfica para uma vitória tranquila: bem a surgir no espaço vazio e a rematar forte dentro da área. A parte da vitória tranquila era ilusão de ótica, como se percebeu depois, mas Pizzi nunca deixou de ser quem lutou contra a adversidade.

Raul Jimenez

Logo aos 12 minutos fugiu pela esquerda e cruzou a bola que haveria de chegar a Rafa, que assistiu Pizzi para o golo inaugural. Lutou sempre muito, correu toda a frente de ataque e ficou perto de marcar no início da segunda parte, mas a verdade é que não fez esquecer Jonas: nem de perto.