Estrela: William Carvalho
Que jogador. Que classe. É um daqueles atletas que vale a pena acompanhar durante os noventa minutos porque no fim se dá o tempo por bem gasto. Respira talento em todas as ações. Pensa mais rápido do que todos e executa bem: quando recebe a bola já sabe o que lhe vai fazer. Por isso dá velocidade ao jogo, serenidade ao futebol e arte ao espetáculo. Enfim, encheu a noite de classe.

Positivo: Slimani
Três jogos a titular, três golos. É difícil colocar Slimani em causa quando o argelino responde com o que lhe é pedido. Esta noite garantiu a vitória, ele que minutos antes tinha desperdiçado uma boa ocasião. Lutou muito, apertou os centrais, procurou a bola e garantiu a vitória. Um jogo em grande.

Momento: aquele bonito minuto 63
Um minuto antes Helton tinha-se lesionado: percebeu-se logo que podia ser grave e o guarda-redes do FC Porto foi retirado em maca de campo. À saída, perante os gestos de dor, Alvalade tributou a Helton um bonito aplauso. Um gesto que só enobrece um clube de gente que sabe respeitar a dor.

OUTROS DESTAQUES:

Adrien Silva
Voltou a ser o complemento ideal de William Carvalho, depois de um ou outro jogo de menos fulgor. Ocupou bem o espaço, recuperou bolas, deu critério às saídas de bola para o ataque, contemporizou o jogo, enfim, encheu o campo e encheu o futebol leonino. Foi enfim Adrien.

Eric Dier
Tornou fundamental ao minuto 78, quando surgiu muito rápido a desviar para canto um remate com selo de golo de Jackson. Antes disso já tinha sido capaz de uma exibição muito positiva, na qual não se importou que o Porto pressionasse sobretudo o espaço dele: deu sempre muito boa conta de si.

Carlos Mané
A irreverência do miúdo foi um problema para os adversários, sobretudo Alex Sandro, que não evitou que o jogo começasse com Mané a fugir-lhe nas costas. Passou por um período algo discreto, mas ressurgiu na segunda parte inventar soluções, esticar o jogo, enfim, a agitar o futebol leonino.

Cedric
Xavi dizia que um jogador que perde cem bolas e faz o golo da vitória ao minuto noventa não pode ser o melhor em campo: tem de ser dito que fez um péssimo jogo. A análise aplica-se a Cedric: sofreu um nó cego de Quaresma, mas o jogo dele foi mais do que isso. E o resto roçou a perfeição. Sobretudo a atacar.