FIGURA: Ricardo Pereira
Uma máquina com um grau de eficiência elevadíssimo na lateral direita dos azuis e brancos. Sem grande exuberância ofensiva, no sentido em que não é vistoso, sobe de forma inteligente e prática, dando quase sempre o melhor seguimentos aos lances. Defensivamente esteve irrepreensível, a limpar várias vezes o setor mais recuado. Regressado ao onze depois de ter falhado a última jornada, o jogador de 23 anos é cada vez mais uma certeza no lado direito do FC Porto.
MOMENTO: arte de Corona (7’)
Rasgo de Brahimi pela direita, a arrastar consigo vários adversários, a defesa arsenalista corta como pode para a entrada da área, neste caso Goiano, e aparece Jesus Corona com um lance de génio a abrir cedo as hostilidades. O mexicano tirou Sequeira do caminho com um vólei por cima do lateral bracarense, não dando depois hipótese a Matheus quando já só tinha o guarda-redes pela frente. Pormenor delicioso de Corona que valeu três pontos.
OUTROS DESTAQUES
Xadas
Voltou a não ter medo de assumir o risco, não se atemorizando com o nome ou com o estatuto do adversário. Ensaiou várias vezes o remate, sem olhar à distância mas sim com os olhos sempre na baliza de Casillas. Aos 41 minutos quase fazia um grande golo; teve de ser Felipe a fazer o corte de cabeça.
Corona
Inevitável pela preponderância que teve no desfecho do encontro. A classe com que abriu o marcador deixando o FC Porto numa situação mais confortável no jogo é digna de registo. Numa fase precoce do encontro, ainda com os nervos em franja, fez um chapéu a Sequeira e bateu Matheus. Estreia a marcar esta época, um golo com classe numa exibição intermitente. Foi preterido ao intervalo.
Fábio Martins
Muito irrequieto, o extremo foi das principais dores de cabeça para o setor recuado da equipa de Sérgio Conceição. Imprevisível, parece ter sempre um número novo para iludir os adversários e subir com perigo no terreno. A exemplo dos colegas de ataque esteve particularmente ativo a pressionar o último reduto portista.
Brahimi
O fantasista do costume, ainda que em diversos lances a produtividade tenha também sido a do costume: muitos malabarismos, fintas ousadas e excessivas até, mas tornando-se ao mesmo um elemento extremamente perigoso. Foi de uma das suas arrancadas, ainda que não de forma direta, que os azuis e brancos chegaram ao golo.
