O Benfica alcançou a 23.ª vitória em 26 jogos na Liga. Os encarnados sofreram em Vila do Conde, mas venceram o Rio Ave graças a um golo de Gonçalo Ramos.

Mais importante do que o triunfo suado, as águias asseguraram que vão, no mínimo, entrar com dez pontos de avanço para o FC Porto, no Clássico da próxima sexta-feira, na Luz. E podem, em caso de nova vitória, ficarem com championship point virtual.

Roger Schmidt destacou a inteligência de Florentino antes da visita aos Arcos. No entanto, o alemão optou pela prudência e resguardou o médio – em risco de exclusão em caso de amarelo – para o encontro da 27.ª ronda. Por isso, Aursnes e Chiquinho formaram a dupla de meio-campo atrás do quarteto ofensivo composto por Neres, Rafa, João Mário e Gonçalo Ramos.

Os vila-condenses atravessavam o melhor período da temporada – três vitórias nos últimos quatro jogos – e provaram isso mesmo na primeira metade. Ainda que tenha sentido alguma dificuldade na primeira fase de construção, o Rio Ave revelou-se capaz de criar perigo nos últimos 30 metros.

A melhor ocasião pertenceu ao líder do campeonato com um pontapé à malha lateral de Gonçalo Ramos. O avançado não teve, de resto, uma primeira parte feliz. Além de ter definido mal duas jogadas prometedoras, o «pistoleiro» acertou em Jhonatan num remate na área.

Depois de um par de remates longe do alvo, o Rio Ave conseguiu a melhor ocasião de toda a etapa inicial. Patrick William acertou no poste e André Pereira, na recarga, marcou, mas o lance foi invalidado por fora de jogo do avançado.

Apesar da qualidade ofensiva, os vila-condenses foram apanhados em contrapé num par de ocasiões. Porém, nem Rafa, nem Neres encontraram o caminho para o fundo da baliza de Jhonatan. Adivinhava-se, portanto, uma segunda parte de nervos para as águias.

E assim foi embora o Benfica tenha chegado à vantagem ainda no primeiro minuto da etapa complementar. João Mário fintou Patrick William e serviu de bandeja Ramos que, à segunda tentativa, fuzilou Jhonatan. Estava, aparentemente, descoberto o caminho para a vitória.

Pouco depois, o Benfica por pouco chegou ao 2-0. No entanto, João Mário não conseguiu fazer o que havia feito aos 46 minutos: servir Ramos. À entrada para os vinte minutos finais, Roger Schmidt recorreu a Florentino e Musa, retirando do jogo Neres e Gonçalo Ramos.

O todo-o-terreno Aursnes fechou à esquerda, João Mário na direita e Florentino jogou ao lado de Chiquinho. As trocas davam a entender a intenção do germânico segurar a vantagem. Por sua vez, Freire arriscou e foi à procura de pelo menos, arrancar um empate.

É verdade que os vila-condenses não foram avassaladores, mas poderiam ter causado um enorme dissabor ao Benfica não fosse a perdida incrível de Boateng na pequena área com Vlachodimos completamente batido.

O empate, a acontecer, não era todo injusto, sublinhe-se.