Guerreiros de bronze. O Sp. Braga venceu em casa o Tondela (2-0) no jogo de encerramento da primeira volta e voltou a destronar o Sporting do terceiro lugar, assinando com dois golos de Rui Fonte o regresso ao pódio da Liga. Com um o resultado melhor do que a exibição, os bracarenses continuam com um rendimento assinalável.

O encontro até nem começou de feição para o Sp. Braga, que apesar de dominar tardou em arranjar argumentos para visar a baliza tondelense, que teve no banco a principal novidade com Pepa a estrear-se no comando técnico no lugar de Petit.

Dois golos de Rui Fonte, na segunda metade, abanaram com a organização do Tondela e garantiram o oitavo triunfo consecutivo na Pedreira em jogos da Liga, mantendo assim o registo cem por cento vitorioso diante do Tondela.

Braga mandão, mas Tondela mais perigoso

Tal como lhe competia, o Sp. Braga assumiu as despesas do jogo e chamou a si a iniciativa e a posse de bola perante um Tondela organizado e a espreitar o contragolpe. Mas faltou velocidade à equipa de Jorge Simão, faltou maior imprevisibilidade e passes menos denunciados. Em suma, faltou fantasia aos minhotos para se imporem de forma perigosa face ao Tondela com dificuldades claras para se esticar até ao ataque.

Contrariamente ao figurino traçado, até pertenceram ao Tondela as melhores ocasiões de golo da primeira metade. Os arsenalistas conquistaram vários cantos, tiraram muitos cruzamentos para a área, mas não somaram qualquer remate enquadrado com a baliza digno de registo, tendo num cabeceamento ao lado de Rodrigo Pinho, perto do intervalo, o remate mais perigoso.

Já o Tondela, teve duas oportunidades soberanas para marcar. Logo aos seis minutos Jaílson esteve na cara de Marafona, em posição privilegiada, mas permitiu a defesa ao guardião bracarense. Murillo, a quatro minutos do descanso, teve também oportunidade para visar a baliza, na zona do penálti, mas sentiu a pressão e Xeka e atirou por cima.

Brinde abre caminho para o pódio

Na segunda metade foram apenas necessários cinco minutos para que a rede do Tondela abanasse, com os bracarenses a dar expressão ao maior caudal ofensivo, contando, ainda assim, com um lance infeliz do estreante Ruca. Ao aliviar o esférico, sem oposição, o lateral colocou a bola em Rui Fonte, que rematou de surpresa, viu Cláudio tocar na bola, mas sem convicção suficiente para impedir que a mesma ultrapassasse a linha de golo.

Brinde a abrir e a mudar por completo a lógica do jogo, obrigando o Tondela a fazer por não se encolher. Mudou o resultado, mas não a estratégia de ambas as equipas, assistindo-se após o golo à melhor fase do Sp. Braga, que se desinibiu e jogou de forma mais clarividente. A oito minutos dos noventa Rui Fonte bisou e arrumou com a questão do resultado, se é que ainda não estava resolvida, com um tento de cabeça.

O Tondela pouco mais conseguiu do que explorar as capacidades individuais dos homens da frente, que estiveram sempre muito desapoiados e mesmo desconexos. Quando perdiam por duas bolas a zero os pupilos de Pepa ainda enviaram uma bola ao ferro, mas sem efeitos práticos.

Estreia aziaga de Pepa, que dobra o campeonato com a lanterna vermelha em sua posse. O Sp. Braga que fecha a primeira volta fazendo da pedreira uma autêntica fortaleza em que apenas cede um empate. Moral reforçada para o dérbi minhoto com o V. Guimarães.