Figura: Rui Pedro
Foi aposta de José Viterbo quando faltavam dez minutos para os noventa. O técnico correu na direção do avançado para lhe dar indicações antes da entrada em campo. Opção acertada. O jogador precisou apenas de quatro minutos para fazer aquilo que ninguém ousava conseguir. Da marca dos onze metros, Rui Pedro enganou Marafona e fez o primeiro. Ainda bisou, já cinco minutos para lá da hora, apontando um excelente golo de fora da área. Quinze minutos de sonho.
 
Momento: golo de Rui Pedro (84’)
Frieza quanto baste para bater Marafona de grande penalidade. Estava fresco, tinha entrado há pouco tempo e enganou o guarda-redes do Moreirense. Atirou seco para o seu lado esquerdo e festejou com os adeptos da Briosa que se deslocaram ao Minho. Golo não foi tão belo quanto o primeiro, mas que foi preponderante para o triunfo.

Negativo: lesões
Os problemas de Miguel Leal começaram ainda antes do apito inicial de Rui Piteira Rodrigues. Diogo Cunha ressentiu-se de uma lesão contraída na véspera e abandonou o aquecimento depois das primeiras corridas. O técnico dos Cónegos optou por fazer alinhar Bolívia no setor intermediário. A dois minutos do intervalo foi Anilton a lesionar-se, sozinho e num lance aparentemente inofensivo. No decorrer da segunda parte foi José Viterbo a ter de mexer no seu conjunto. Primeiro foi Marinho a sair lesionado, dando o seu lugar a Cissé, depois foi Makonda sair do terreno de jogo devido a problemas físico, entrado Hugo Seco.
 
OUTROS DESTAQUES:
Battaglia
Os seus pés estão sempre prontos a destilar veneno. Ainda não é um jogador com ritmo para assumir as despesas do meio campo, mas quando a bola lhe chega em condições é sinónimo de perigo. O argentino cedido pelo Sp. Braga protagonizou alguns dos lances de maior perigo do Moreirense, tentando bater Cristiano.
 
Obiora
O jogador mais esclarecido da Académica. O nigeriano de 23 anos assumiu as despesas do meio campo, impôs o seu físico e foi a voz de comando da equipa orientada por José Viterbo. Disfarça muitas limitações dos estudantes ao suster as intenções do Moreirense.
 
Arsénio
Muito irrequieto do lado esquerdo do ataque do Moreirense, o extremo foi especialmente importante nas recuperações de bola e posteriormente a lançar o ataque. Esteve muito ativo a rematar, ainda que nem sempre nas melhores condições.
 
Hugo Seco
Mais uma aposta de Viterbo a partir do banco de suplentes, a ter uma grande quota-parte neste triunfo da Académica. «Sacou» a grande penalidade que deu origem ao golo aos consequentes três pontos por parte da equipa de Coimbra. Rematou contra o braço de Elízio no interior da área.