A Figura: Seferovic

Ao marcar frente ao Vitória Guimarães, para a Supertaça, e frente ao SC Braga, para a estreia na Liga, o avançado ganhou logo a simpatia dos adeptos do Benfica. Mas ao dar os três pontos na difícil deslocação a Chaves, Seferovic é certamente o novo herói dos encarnados. Apareceu a espaços a prometer o golo que poucos já esperariam, mas em mais uma tentativa, ou melhor, na última, o suíço resolveu o encontro com um golo pleno de oportunidade, classe e sentido de baliza.

Momento do jogo: minuto 90+2

 O empate parecia já uma fatalidade para o conjunto lisboeta, que no terreno dos transmontanos sentia dificuldades para chegar ao golo. Claro que praticamente toda a segunda parte foi dominada pelo Benfica, mas as oportunidades não foram tantas assim. Sem desistir até ao último suspiro, o golo surgiu mesmo nos instantes finais. Rafa lutou, entregou a Seferovic, e o avançado mostrou que tem o dom do golo ao resolver, para alívio dos visitantes.

Outros destaques

Jorginho e Matheus Pereira

O destaque podia ser feito em separado, mas não se retira mérito ao realçar a intensidade, criatividade e arrojo que os extremos dos flavienses tiveram na partida frente ao Benfica. Jorginho dificultou tanto a tarefa a André Almeida que aos 14 minutos arrancou-lhe um amarelo. Do outro lado, Eliseu não se ficou a rir do companheiro de equipa, pois Matheus Pereira foi obrigando o esquerdino a trabalhos forçados. Praticamente todo o ataque transmontanos dependeu deles, numa exibição que durou os 90 minutos.

Nuno André Coelho

Frieza e calculismo ao maior detalhe. Com um ataque rápido e móvel por parte dos encarnados, foi preciso a maior concentração para a defensiva flaviense, e Nuno André Coelho demonstrou isso mesmo. Além de se mostrar forte no jogo aéreo, pelo chão fez dois cortes providenciais, a Salvio em cima da linha e a Seferovic quando este estava em posição privilegiada. Na segunda parte voltou a ter cabeça perante um Benfica mais ofensivo para limpar pelo ar todos os ataques que apareceram no seu raio de ação. Viu impotente Seferovic resolver o encontro. 

Salvio

Num jogo intenso e com uma defensiva do Chaves acertada, o ataque encarnado esteve exclusivamente virado para o Salvio na primeira parte. O atacante argentino tentou por diversas vezes, ora rasgando na ala para servir os avançados, ora procurando ele o golo, que esteve perto de fazer, ao ver Nuno André Coelho a tirar em cima da linha aos 25 minutos, na melhor mas não a única situação e golo que teve. Mais escondido na segunda parte, mas com a mesma entrega, saiu esgotado já no quarto de hora final.

Pizzi

Sempre que a sua equipa sentia dificuldades em chegar à frente, o médio transmontano aparecia para ‘carregar’ a equipa rumo à área contrária. Com mais missões defensivas na primeira parte, fruto do equilíbrio do jogo, no segundo tempo, com o Benfica mais forte, foi também uma peça fundamental para o ataque. A sua força e vontade em não desistir foram recompensadas no final com o golo de Seferovic.