A figura: Slimani
Mais um jogo, mais uma bela exibição do avançado argelino. Com Téo Gutiérrez em campo, assume o desafio de recuar no terreno para participar no processo de transição e cumpre com nota alta. Marcou num lance oportuno de cabeça e nunca baixou de rendimento, demonstrando ser uma dor de cabeça constante para a defesa contrária, sobretudo na segunda metade do encontro.

O momento: Sporting cava o fosso
O Rio Ave procurava recuperar de um infortúnio de Wakaso mas veria aumentada a diferença em novo erro clamoroso, desta vez de Cássio. Marvin atirara ao poste pouco antes. Na resposta, o Sporting a atacar pela esquerda, o cruzamento e o guarda-redes a falhar a interceção. Um desvio e a bola para a cabeça de Slimani. Fosso cavado antes do intervalo e uma vantagem irrecuperável para o Rio Ave, como se viria a provar.

CRÓNICA: manter o apetite português entre a salada russa

Outros destaques:

Adrien Silva
Não tremeu perante nova oportunidade para marcar uma grande penalidade, após a infelicidade na jornada anterior, e colocou o Sporting em vantagem de forma exemplar. Vai cumprindo o papel de médio defensivo perante a ausência de William Carvalho, adaptando-se às trocas entre João Mário e Aquilani. Não sabe jogar mal e esse é o melhor elogio que se pode fazer.

Kayembé
Entrou ao intervalo e revitalizou o processo ofensivo do Rio Ave, emprestando velocidade e capacidade de improviso na fase de transição. Substituiu Renan Bressan mas descaiu regularmente para o flanco direito. Ao minuto 69, teve o mérito de conquistar espaço na área do Sporting e cruzar com régua e esquerdo para a cabeça de Yazalde, devolvendo a esperança aos adeptos locais.

Marvin Zeegelaar
A cumprir a segunda temporada em Vila do Conde, o holandês promete reforçar a sua importância no leque de opções de Pedro Martins. Pode atuar como lateral esquerdo, como aconteceu no arranque da época, ou subir no terreno e crescer como extremo. O técnico preferiu esta segunda opção frente ao Sporting e Marvin respondeu com várias incursões pelo seu flanco, aproveitando a exibição pouco feliz de Ricardo Esgaio e a falta de acompanhamento de Carrillo. Viria a cair de produção na segunda parte.

Aquilani
Após o golo em Coimbra, de grande penalidade, surgiu no onze de Jorge Jesus (sem nome na camisola alternativa, curiosamente) por troca com João Mário e procurou impor o seu estilo de jogo, onde se destaca o futebol a um ou dois toques e as constantes aberturas para os flancos, pelo ar. Tem um futebol apelativo e cativante, embora não demonstre o mesmo nível de entendimento do jogo leonino que João Mário. Alguns problemas a defender.