Na véspera da visita ao António Coimbra da Mota, Carlos Carvalhal relativizou as críticas do presidente António Salvador à exibição do Sp. Braga na primeira parte do jogo contra o Rangers, dos quartos de final da Liga Europa.

«Na primeira parte [diante do Rangers], não existimos como equipa nem no campo, nem no banco», afirmou o líder arsenalista.

O técnico considerou que o dirigente é «muito emocional», desvalorizando o que este disse.

«Sempre senti um apoio muito grande do presidente, tenho uma relação muito boa com ele, ele é uma pessoa muito emocional, acabou o jogo, puseram-lhe o microfone à frente… Tenho que relativizar a situação e para mim não é assunto. Conheço-o melhor do que vocês todos, ele é uma pessoa muito emocional, é um não assunto», reforçou. 

Carlos Carvalhal disse ainda ficar «grato» aos adeptos pelos elogios que recebeu e, com o futuro por definir, declarou estar em Braga «por espírito de missão».

«Tive oportunidade de sair a meio para uma situação financeiramente muito vantajosa [Atlético Mineiro] e fiquei aqui numa altura em que o Braga apostou ainda mais nos jovens e teria sido confortável para mim abandonar o barco. Não o fiz, porque estou aqui fundamentalmente por razões sentimentais, um dia explicarei melhor porque optei pelo Braga quando tinha uma proposta do Flamengo em cima da mesa. Estou aqui por espírito de missão e estou muito grato ao clube, adeptos e presidente», assumiu.

O treinador revelou ter recebido «muitas mensagens de amigos ingleses, árabes e turcos» após o jogo da Escócia:. Estes, segundo o próprio, «ficaram estupefactos como, com nove jogadores, discutimos o resultado».

«Vi com agrado o rescaldo do empate do Benfica em Liverpool e do Sporting [fora] com o Manchester City, mas o que o Braga fez também foi digno de registo e de elogio. Se as regras fossem as do ano passado, tínhamos passado», referiu. 

Em relação ao encontro que fecha a 30.ª jornada, o técnico dos minhotos destacou a importância de ganhar ao Estoril. 

«É um jogo que tem uma importância muito grande. Sabemos das dificuldades que o adversário nos vai colocar, tem um futebol de qualidade, mas queremos vencer porque temos que consolidar a nossa posição e podemos igualar o registo pontual do ano passado à mesma jornada. Também, quem joga no Braga tem que jogar sempre para vencer», frisou.

Carvalhal defendeu que «esta é uma das equipas do Braga que honra o epíteto de Guerreiros do Minhto» e confirmou que Iuri Medeiros, expulso em Glasgow por protestos, não vai ser convocado. O treinador diz que o extremo «cometeu um erro, não vai estar para fazer uma reflexão e estará de volta para o próximo jogo».

Castro está em dúvida para o Estoril-Sp. Braga, marcado para as 20h30 da próxima segunda-feira.