O herói do costume, já quase fora de horas. A dica simples para um guião com final feliz para o Sp. Braga no duelo minhoto com o Gil Vivente. Numa prestação pálida, Simon Banza atirou de cabeça para o fundo das redes ao minuto 89, devolvendo os guerreiros aos triunfos (2-1).

Naquela que terá sido uma das prestações menos conseguida da equipa de Artur Jorge esta temporada em casa, frente a um adversário que luta por outros objetivos, o Sp. Braga até esteve a ganhar, mas permitiu o empate e não teve o poder de reação habitual. A cabeçada de Banza praticamente em cima da hora foi a cena chave do filme na pedreira.

Regresso aos triunfos dos arsenalistas após o empate em Vila do Conde. Muito partida, apesar de dominar, a equipa bracarense esteve sempre demasiado exposta. Ameaçou um quarto empate consecutivo o Gil, até podia ter marcado instantes antes de sofrer o golo, mas acabou por sucumbir.

Matheus lança o alerta laranja

Com duas alterações comparativamente com o empate em Vila do Conde – Gomez e Zalazar regressaram ao onze – Artur Jorge Manteve a estrutura do último jogo, apresentando um Sp. Braga com muitos elementos ofensivas e uma equipa de clara, tração à frente.

Após um primeiro choque, o Gil Vicente recompôs-se da entrada forte dos bracarenses, percebendo que o adversário partia com relativa facilidade, acabando por sofrer as dores da projeção ofensiva. Ou seja, o Gil Vicente percebeu as fragilidades adversárias a explorar e conseguiu esticar o jogo até ao ataque.

Foi Matheus a lançar o alerta laranja – da cor do seu traje – ao lançar a jogada do golo arsenalista, pouco antes do intervalo. O guarda-redes saiu da baliza para intercetar Félix Correia, indo ao meio campo ofensivo iniciar a jogada que culminou com Abel Ruiz a atirar para o fundo das redes. Uma espécie de grito de alerta do guarda-redes brasileiro.

Gil reage e marca. Banza opera o resgate

O chá do intervalo fez bem aos barcelenses, que entraram para a segunda metade tentados a reagir à desvantagem. Conseguiram-no. Logo aos 48 minutos Alipour aparece isolado na cara de Matheus, com espaço, mas não conseguiu ultrapassar o guarda-redes. A mancha do guardião foi decisiva para o primeiro aviso.

Já sem Paulo Oliveira, que saiu com queixas físicas, o Sp. Braga viria a sofrer o empate quando o cronómetro assinalava uma hora de jogo. Serdar travou Gabriel na área, dando a Alipour novo frente a frente com Matheus. Desta feita o avançado iraniano atirou a contar, fazendo o esférico embater na malha lateral da baliza.

Jogo partido para a reta final, podendo cair para qualquer lado. O Sp. Braga não teve a capacidade para criar lances de perigo; o Gil teve numa saída em contragolpe para o ataque a oportunidade de operar a cambalhota no marcador. Alex Pinto, numa aventura no ataque, atira muito por cima quando tinha a baliza à sua mercê.

Na área oposta, o mesmo Alex Pinto foi ultrapassado por Joe Mendes, com o jovem – quando jogava a lateral – a fazer o cruzamento triunfal. Banza fez o resto, de cabeça. Três pontos para o Sp. Braga no dérbi minhoto com o Gil, a distanciar – à condição – do Vitória de Guimarães e a pressionar o FC Porto.