Praticamente sem adeptos, sem grande emoção e com pouca intensidade Sp. Braga e Casa Pia empataram-se em jogo do Grupo A da Taça da Liga. Igualdade a uma bola na pedreira, deixando as contas para o derradeiro jogo do grupo (Nacional-Sp. Braga, a 22 de dezembro) num embate em que claramente faltaram ingredientes, acabando por ser decidido ao milímetro.

O golo do empate do Casa Pia surgiu numa grande penalidade, convertida por Clayton, em que o avançado estava em jogo, segundo o VAR, com uma margem de zero centímetros. Foi uma questão de milímetros, portanto, a fazer a diferença na pedreira, aplicando um castigo demasiado pesado aos bracarenses.

Mesmo a um ritmo baixo, a equipa de Artur Jorge foi melhor e esteve durante um longo período do encontro por cima, esteve em vantagem com mérito num arranque de segunda parte avassalador, mas deixou-se adormecer. As contas fazem-se na Madeira.

Pedreira sem poder de fogo

Mesmo com um ritmo baixo e diferenciado do habitual foi o Sp. Braga a chamar a si o domínio do jogo, tendo mais bola e, consequentemente, mais movimentações ofensivas junto da área à guarda de Luvas Paes, guarda-redes casapiano que em cima do intervalo viu cartão amarelo por retardar nas reposições de bola em jogo.

Era, ainda assim, um domínio pouco audaz e sem a velocidade necessária para por em causa a organização da equipa do Casa Pia, que em diversos momentos defendeu com uma defesa com cinco elementos. Um ou outro cruzamento mais tenso, a exigir mais afinco, e vários remates de fora da área foram, na primeira parte, aquilo que o Sp. Braga conseguiu.

Por seu turno, o Casa Pia acelerou duas ou três vezes o jogo, essencialmente nos instantes iniciais, mostrando ter argumentos para, em contragolpe, por em sentido o último reduto bracarense. Ou seja, dominava sem ser efetivo o Braga, e tentava não se expor a contra-ataques dos gansos.

Entrada avassaladora, antes de adormecer

O arranque da segunda parte foi claramente diferente. A toada foi a mesma, o Sp. Braga esteve por cima, mas com mais velocidade e mais intensidade nos processos, afundando por completo o Casa Pia na sua área. Resultado: em sete minutos o Braga enviou uma bola ao ferro, viu um golo ser anulado e marcou por intermédio de Pizzi após cruzamento de Ricardo Horta.

Dada a realidade do jogo, sem a intensidade nem os holofotes do costume, pensar-se-ia que o vencedor estava encontrado, até dada a incapacidade de resposta que o Casa Pia ia demonstrando. Mas, um lance fortuito, recolocou o Casa Pia em jogo. Paulo Oliveira calculou mal o lance e acabou por derrubar Clayton, dando origem a penálti. O atacante brasileiro estava em jogo, segundo o VAR por zero centímetros.

Da marca dos onze metros o mesmo Clayton não desperdiçou, e empatou o jogo ao minuto 77, cifrando o resultado final. Os arsenalistas ainda enviaram uma segunda bola ao ferro, mas não conseguiram evitar o segundo empate consecutivo, tal como o Casa Pia, que empatou na Luz no último jogo da Liga. O Nacional já está fora das contas, o Sp. Braga tem de vencer por uma margem superior a um golo se quiser seguir para a Final 4. O jogo entre o Nacional e o Sp. Braga está agendado para o dia 22 de dezembro.