Cinco golos, uma cambalhota no marcador e novo dérbi decidido fora de horas. Deste vez foi Rony Lopes a vestir a capa de herói ao desfazer as teimas quando passavam quatro minutos para lá dos noventa. O Sp. Braga mantém-se na luta pelo pódio, está no terceiro lugar, à condição, e impõe o quinto lugar como classificação final ao rival naquele que foi o último jogo da temporada no D. Afonso Henriques.

Antes de mais, o dérbi minhoto foi intenso. Teve incerteza no marcador, momentos de bom futebol e bons golos. O epílogo foi o remate certeiro de Rony Lopes, que entrou ao minuto 87 no jogo. Saltou do banco para ser a figura do jogo, ao definir o resultado final, o triunfo por três bolas a duas para a equipa de Rui Duarte.

O Vitória de Guimarães perde nova oportunidade de bater o record de pontos esta temporada. O Sp. Braga marca uma finalíssima na derradeira jornada da Liga com o FC Porto, com uma certeza. O terceiro lugar da Liga, último ainda em aberto na frente da tabela, decidir-se-á na pedreira.

Ora dominas tu, ora domino eu

Dois minutos disputados e a barra da baliza de Bruno Varela abanou. Remate forte de Victor Gomez a servir como que de amostra para o que viria a ser o jogo. O Vitória respondeu praticamente a marcar, numa boa incursão de André André pela área na sequência de um lançamento de linha lateral, fazendo o passe para Bruno Gaspar encostar sem oposição.

Um momento que deixou a equipa da casa confortável no jogo, equilibrada e a gerir os vários momentos do embate, ameaçando o segundo num lance de bola parada em que Tomás Ribeiro ficou a centímetros do desvio letal. Mas, num ápice inverteram-se por completo os dados da balança. Pizzi descobre Ricardo Horta nas costas da defesa pela esquerda, o capitão arsenalista faz o passe atrasado de primeira para Bruma rematar também de primeira para o empate.

Ficou por cima o Sp. Braga, acusou o golo o conjunto de Álvaro Pacheco. Os bracarenses conseguiram chegar com mais simplicidade a zonas de finalização, fazendo abanar a estrutura da equipa da casa. Igualdade ao intervalo, sendo que instantes antes do apito para o descanso Bruma viu ser-lhe invalidade o segundo golo por fora de jogo de Abel Ruiz no início da jogada.

Cambalhota curta, até Rony Lopes entrar em cena

Uma supremacia bracarense que se manteve no arranque da segunda metade. O conjunto de Rui Duarte entrou forte, conquistou vários lances de bola parada com perigo, colocando em sentido o setor mais recuado dos vimaranenses. Bruno Varela ficou com as luvas em chamas para suster, com dificuldades, um remate forte de Victor Gomez.

Na senda do que foi o filme do dérbi, resistiu e reagrupou-se o Vitória. Fez abanar o travessão da baliza de Matheus num pontapé de canto em que os bracarenses passaram por calafrios. Tomás Ribeiro aproveitou a bola perdida na área para fazer estremecer a baliza. Estava aberta a partida, tal como se viria a confirmar com dois golos de rajada.

Operou a cambalhota no marcador o Sp. Braga. Num lance confuso na área foi Ricardo Horta a aproveitar o erro defensivo da equipa da casa para, após uma longa espera pelo VAR, fazer o segundo arsenalista. Mas, os festejos duraram pouco tempo. De pronto, na resposta Mangas estreou-se a marcar com a camisola do Vitória em mais um lance em que André André se destacou na assistência.

Um empate que prevaleceu até Rony Lopes entrar em cena. Foi lançado no jogo aos 87 minutos, definiu aos 90+4 com um remate à meia volta de pé esquerdo. Triunfo para o Sp. Braga, retribuindo o golo sofrido fora de horas na primeira volta. Os braacrenses estão vivos na luta pelo pódio.